3 Milhões de Nós: outra linguagem para chegar a mais pessoas

Um painel com frases escritas pelos participantes, no qual a frase de Ricardo Araújo Pereira foi reproduzida

Debate sobre o voluntariado: tentar ver para lá das aparências e das emoções descartáveis
Filipe Fonseca falou dos voluntários de proximidade, aqueles que, no dia-a-dia, ajudam no trabalho, na rua, no metro, tentando ver “para lá das aparências e das emoções descartáveis”. Simão Oom referiu-se à remodelação de casas e vidas, o trabalho da organização Just A Change, para pessoas que não o conseguem fazer. E disse, brincando: “Isto não é o programa Querido Mudei a Casa, em que as pessoas vão embora da casa” e, quando voltam, a mudança está feita. Com os processos da Just a Change, “as pessoas estão idealmente envolvidas no processo de remodelação, ajudando como podem, nem que seja a oferecer lanche aos voluntários e, assim, criam-se laços.”

Ir. Núria Frau: “Se a Igreja usar outra linguagem e outra criatividade, também consegue chegar a mais pessoas.”
Uma das responsáveis da iniciativa, a irmã Núria Frau, da Família Missionária Verbum Dei, ficou contente com os resultados. As suas expectativas para o dia prendiam-se mais com o bem que se podia fazer a partir do encontro: se “isto ajuda Jesus, se isto ajuda as pessoas e se as faz crescer”. E afirmava: “É uma graça indiscutível que as pessoas tenham respondido. Sinto que houve uma boa resposta e isso é sinal de que há necessidade. Se a Igreja usar outra linguagem e outra criatividade, também consegue chegar a mais pessoas. Porque a dificuldade é oferecer às pessoas o que elas precisam na linguagem que usam e respondendo à necessidade que sentem.”
Breves
Boas notícias

Virgínia será o primeiro estado do Sul e o 23º dos EUA a abolir a pena de morte
Dois projectos de lei para abolir a pena de morte na Virgínia foram aprovados pela assembleia deste Estado norte-americano nesta segunda-feira, 22 e remetidos ao governador Ralph Northam (do Partido Democrata), que os deverá assinar.
Outras margens
Cultura e artes
Os lugares do Papa no Iraque: uma viagem de regresso, reencontro e reafirmação de fraternidade novidade
Os lugares da viagem do Papa ao Iraque erguem memórias que abarcam desde o berço da civilização nas planícies do sul da Mesopotâmia e de toda a sua história até ao berço da expansão judaico-cristã, nos vales e montanhas entre a Assíria e a vizinha Arménia. Ali começou a viagem de Abraão, ali Francisco regressa numa visita que traduz o reencontro e a reafirmação da fraternidade. Um percurso pelos lugares da viagem, ao encontro da memória desses lugares.
Arte de rua: amor e brilho no olhar novidade
Ouvi, pela vida fora, incontáveis vezes a velha história da coragem, a mítica frase “eu não era capaz”; é claro que não, sempre que o preconceito se sobrepõe ao amor, não é possível ser-se capaz. Coragem?? Coragem eu precisaria para passar pela vida sem realizar os meus desejos, nesse louco trapézio entre doses paralelas de coragem e cobardia.
O Karimojong português novidade
O padre Germano Serra, um missionário comboniano português, acaba de publicar o dicionário mais completo da língua karimojong, uma tribo semi-nómada do Uganda por que se apaixonou há quase quatro décadas.
Precisamos de nos ouvir (22) – António Durães: Talvez a arte nos possa continuar a salvar
Por força não sei de que determinação, o meu mundo, o mundo teatral, divide-se, também ele, em duas partes. Não há Tordesilhas que nos imponha o mundo assim, mas a verdade teatral determina-o: o mundo da sala e o mundo do palco. A cortina de ferro divide esses dois mundos de forma inexorável. Por razões de segurança, mas também por todas as outras razões. E esses dois mundos apenas se comunicam, quando o Encontro, como chamavam alguns antigos ao espectáculo, se dá.
Pessoas

O Karimojong português novidade
O padre Germano Serra, um missionário comboniano português, acaba de publicar o dicionário mais completo da língua karimojong, uma tribo semi-nómada do Uganda por que se apaixonou há quase quatro décadas.
Sete Partidas
Vacinas: Criticar sem generalizar
Alguns colegas de coro começaram a falar dos espertinhos – como o político que se ofereceu (juntamente com os seus próximos) para tomar as vacinas que se iam estragar, argumentando que assim davam um bom exemplo aos renitentes. Cada pessoa tinha um caso para contar. E eu ouvia, divertida.
Visto e Ouvido
Agenda
Entre margens
Arte de rua: amor e brilho no olhar novidade
Ouvi, pela vida fora, incontáveis vezes a velha história da coragem, a mítica frase “eu não era capaz”; é claro que não, sempre que o preconceito se sobrepõe ao amor, não é possível ser-se capaz. Coragem?? Coragem eu precisaria para passar pela vida sem realizar os meus desejos, nesse louco trapézio entre doses paralelas de coragem e cobardia.
Eternidade
A vida segue sempre e nós seguimos com ela, necessariamente, como se fôssemos empurrados pela passagem inexorável do tempo. Mas enquanto uns aceitam esse empurrão inexorável como um impulso para levantar voo – inclusive até lugares onde o tempo não domina –, outros deixam-se arrastar por ele até ao abismo. Porque quando o tempo não serve para moldar e edificar pedaços de eternidade, ele apenas dura e, portanto, a nada conduz (a não ser à morte), pois a sua natureza é durar, sem mais.
França: a Marianne de barrete frígio ficou traumatizada
Os políticos europeus em geral não sabem nada do fenómeno religioso. Pior. Fingem que sabem e não se rodeiam de quem os possa esclarecer. Entretanto, a França parece querer trilhar um caminho perigoso. Quando o governo coloca as leis republicanas ao mesmo nível da lei de Deus, faz da república uma deusa e do secularismo uma religião.