
Vista aérea de Hong Kong: depois da supressão de liberdades, muitos querem sair da cidade. No Reino Unido, há cristãos prontos para acolher. Foto: Ruslan Bardash/Unsplash
Mais de 500 comunidades locais em todo o Reino Unido já responderam ao apelo para se tornarem “igrejas preparadas para Hong-Kong” feito pelo sítio UKHK lançado no início do ano novo chinês com o objetivo de acolher cerca de 130.000 migrantes vindos daquele território que durante décadas foi administrado por Londres e onde desde há largos meses as autoridades de Pequim têm vindo a impor de forma violenta a supressão das liberdades fundamentais.
A iniciativa pretende, além de oferecer informação sobre acesso ao sistema de saúde, à habitação, ao ensino e ao mercado de trabalho, pôr os imigrantes recém-chegados em contacto com pessoas amigas de uma igreja próxima que os possam apoiar e ajudar a encontrar um lugar de pertença na comunidade local. O seu principal mentor é Krish Kandiah, fundador e atual gestor da Home for Good, uma associação que desde 2011 funciona como plataforma agregadora de várias pessoas, igrejas e outras entidades com o objetivo de encontrar uma casa para todos os menores que dela precisem.
De acordo com Kandiah, é provável que este ano mais de 130.000 pessoas fujam de Hong-Kong, procurando no Reino Unido a liberdade que lhes é negada naquele território chinês. “Esta é uma grande oportunidade para que as igrejas mostrem a amorosa hospitalidade de Jesus às pessoas que precisam de ajuda” afirma, seguro de que a formação proposta pelo UKHK às comunidades aderentes permite a “quem está confinado em casa poder, através do telefone, orientar e oferecer a presença hospitaleira de que necessita” quem chega a um país estrangeiro.
O jornal Protestante Digital noticia que o projeto recebeu, entre outros, o apoio da bispa anglicana de Londres, Sarah Mullally, e de Daniel Korski, vice-presidente do Conselho da Liderança Judeu e em tempos assessor especial do ex-primeiro-ministro David Cameron.