Cardeal Luis Antonio Tagle

“A guerra não é uma questão militar, é uma questão humana”

| 21 Mar 2022

O Cardeal Luis Antonio Tagle, presidente da Caritas Internationalis. Foto © DR

O cardeal Luis Antonio Tagle, presidente da Caritas Internationalis, considera que uma rede de oração “une a humanidade”. Foto © DR

 

O cardeal Luis Antonio Tagle, presidente da Caritas Internationalis e prefeito da congregação Propaganda Fide, concedeu uma entrevista ao Vatican News na qual considera que “nenhuma arma pode matar a esperança, a bondade de espírito da pessoa humana”, elogiando o trabalho dos funcionários da Cáritas, que trabalham “sob as bombas, sem parar”.

A Cáritas da Ucrânia já prestou apoio a mais de 160 mil pessoas, em áreas tão diversas como a “distribuição de alimentos, o fornecimento de habitação e apoio psicológico”. “Os conflitos são geralmente apresentados como conflitos políticos, militares, e as pessoas são esquecidas! Com a nossa missão, a Cáritas lembra ao mundo que a guerra não é uma questão militar, política, mas é, antes de tudo, uma questão humana”, considera.

O cardeal Tagle afirma que fica “triste ao ver as imagens, ao ver as notícias” e ao sentir-se “próximo desse local de guerra”. “Quando ouço as histórias dos meus pais que viveram a Segunda Guerra Mundial, não consigo imaginar – nem sequer imaginar! – a pobreza e o sofrimento que suportaram. Essa geração continua a carregar as feridas da guerra nos seus corpos também, e ainda têm um estado de espírito ferido. Quando, quando vamos aprender?”, questionou o prelado.

O presidente da Cáritas elogia o “testemunho das pessoas na Ucrânia” e de todos os que ajudam, vindos de vários países. “A lição para mim é esta: no deserto da violência, a pessoa humana tem a capacidade de ser boa”, considera, acrescentando que “a lição está na forma como as famílias formam seus filhos nos valores do respeito ao próximo, da escuta, da compaixão, da escolha do caminho da justiça, do diálogo em vez da vingança, da violência”.

Sinal de esperança, afirma, é a “rede de oração que une a humanidade”. “As imagens que mais me impressionaram são as das pessoas a rezar, esta fé das mães ajoelhadas diante do Sacramento”, conclui.

 

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