Famílias “estão no limite”

A maior crise de fome de sempre no Sudão do Sul

| 12 Mar 2022

Nyanchau Teny, de dois anos, em Rumbek, Sudão do Sul, a beber uma infusão de folhas de árvore que permite tratar tosse, diarreias e vómitos, resultados da má nutrição. Foto © UNHCR/Rocco Nuri

Nyanchau Teny, de dois anos, em Rumbek, Sudão do Sul, a beber uma infusão de folhas de árvore que permite tratar tosse, diarreias e vómitos, resultados da má nutrição. Foto © UNHCR/Rocco Nuri

 

Mais de 70 por cento da população do Sudão do Sul está em luta pela sobrevivência, à medida que se aproxima o pico da temporada de escassez deste ano, e quando o país enfrenta níveis sem precedentes de insegurança alimentar, alerta o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM).

Em comunicado divulgado sexta-feira, 11, a organização refere que a situação extrema se deve a conflitos, choques climáticos, pandemia da covid e aumento do custo de vida.

Com mais de oito milhões de pessoas, incluindo refugiados, o Sudão do Sul enfrenta meses de fome extrema com a escassez de comida e as provisões reduzidas, de acordo com dados da edição de 2022 do Humanitarian Needs Overview (Perspetivas das Necessidades Humanitárias), relativo àquele país.

O Sudão do Sul será precisamente um dos países de África que o Papa Francisco vai visitar, em julho próximo.

“Particularmente em risco estão dezenas de milhares de sudaneses do sul que já estão gravemente famintos após choques sucessivos e contínuos, os quais podem morrer de fome sem assistência alimentar”, avisa o PAM.

Como explica o comunicado, o Sudão do Sul faz parte de um “anel de fogo” que circunda o globo, onde choques climáticos, conflitos, covid-19 e custos crescentes estão a levar milhões de pessoas para mais perto da fome. O impacto da crise climática e o conflito em curso levaram a deslocamentos em larga escala, perdas de meios de subsistência, destruição de terras aráveis ​​e colheitas, bem como aumento dos preços dos alimentos – ameaçando a sobrevivência das comunidades que vivem em algumas das áreas mais isoladas dos Estados de Jonglei, Lagos, Unidade e Warrap.

O PAM faz notar que, dada a magnitude desta crise, os seus recursos só lhe permitem atender os mais necessitados com o mínimo necessário para sobreviver, “o que não é suficiente para permitir que as comunidades se reergam”.

 

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