Para grandes males do Planeta, grandes remédios do Papa
Além das “indispensáveis decisões políticas”, o Papa propõe “uma mudança generalizada do estilo de vida irresponsável ligado ao modelo ocidental”, o que teria um impacto significativo a longo prazo. É preciso “mudar os hábitos pessoais, familiares e comunitários”. É necessário escapar a uma vida totalmente capturada pelo imaginário consumista.
Que seja um Natal sem descontos incríveis para todos nós
Chamem-me antiquada, mas só farei a árvore e começarei a montar o presépio no primeiro domingo do Advento. E, nesta Black Friday, recuso-me a comprar seja o que for.
À Margem
Um vazio grave. Uma pergunta fundamental sem resposta
Há um vazio grave que a Igreja Católica em Portugal não tem sido capaz de responder nos últimos anos. E há uma pergunta fundamental sem resposta.
À margem
O martírio de Rolando, bispo de Matagalpa
Era um sábado, aquele 2 de abril de 2011. Ainda ele não tinha chegado a Matagalpa, já os fiéis mais curiosos se começavam a juntar nas bordas da estrada que vinha de Manágua, na direção do interior do país. As bandas de música marcavam presença e algumas casas comerciais haviam colocado colunas com música de louvor à Virgem e afixado imagens do Papa e do novo bispo. Rolando era o seu nome. Rolando Alvarez Lagos.
Será possível falar da guerra construindo a paz?
Falar da paz não é fácil. Nestes tempos conturbados e disruptivos, é bem mais fácil falar da guerra, é mais fácil tomar partido por um dos lados. Pelo menos no que toca às guerras mediaticamente interessantes, ou seja, onde haja interesses geoestratégicos em jogo, porque as muitas outras guerras e os seus mortos continuam esquecidas e condenadas ao silêncio.
A arte de silenciar todos os alarmes
Relatórios. Cálculos. Números. Alarmes. Alarmes? – Pancada neles que queremos continuar na nossa sonolenta modorra com toda a tranquilidade! Essa é a questão, a grande questão: por que razão o conhecimento desperta uns e mantém outros de olhos fechados? Como se vence a vontade de nos mantermos de olhos fechados por sabermos que se abrimos os olhos algo teremos de mudar nos nossos comportamentos, prioridades e modos de vida?
Guerras de irmãos
Como o protagonista cinematográfico que torna inofensivo o engenho explosivo que tem perante si, Jonathan Sacks lê os textos bíblicos mais desabridos, particularmente aqueles que se centram na rivalidade fraterna (Caim e Abel, Isaac e Ismael, Jacob e Esaú, Lia e Raquel, José e os seus irmãos), interpretando-os de modo a extirpar-lhes o ressentimento e o ódio que suscitaram a animosidade entre judeus, cristãos e muçulmanos e a exemplificar como da hostilidade se pode evoluir até à reconciliação.
Afinal, há vizinhos em Israel e em Gaza
Não compreendo – não posso compreender – o que se passa no Médio Oriente. Não ouso tomar partidos, não tenho a solução para o conflito. Mas ouso achar que compreendi as palavras de um jovem judeu israelita e que vislumbrei nelas um caminho para a paz. Um caminho a ser traçado pela nova geração e pelo diálogo inter-religioso.
Os cardeais começaram no segundo milénio, podem acabar no terceiro?
Duas pinturas, uma sala de um museu, um consistório de cardeais, um auditório que é mesa de conversa e um sínodo de bispos que já não é só de bispos. Olhados em simultâneo, podemos encontrar nestes sinais algo sobre algumas encruzilhadas actuais do catolicismo.