
Peça concebida pelo artista plástico norueguês Asbjørn Andresen para a Capela Árvore da Vida, em Braga. Foto © Joaquim Félix de Carvalho.
Renovar a linguagem, acabando com a dicotomia clérigo/leigo através de uma reflexão da teologia dos ministérios, e integrar os presbíteros “dispensados” do exercício do ministério na actividade pastoral das comunidades são propostas de António Teixeira Coelho – professor aposentado do Ensino Secundário e presbítero da diocese do Porto durante 20 anos, que vive precisamente a condição de “dispensado” – em resposta à maior auscultação alguma vez feita à escala planetária, lançada pelo Papa Francisco, para preparar a assembleia do Sínodo dos Bispos de 2023. Esse coro imenso de vozes não pode ser silenciado, reduzido, esquecido, maltratado. O Espírito sopra onde quer e os contributos dos grupos que se formaram para ouvir o que o Espírito lhes quis dizer são o fruto maduro da sinodalidade. O 7MARGENS publica alguns desses contributos, estando aberto a considerar a publicação de outros que nos sejam enviados.
- O que gosto na vivência da Igreja Católica
*O ser espaço dinâmico de comunhão apostólica ao serviço do Reino de Deus
- Uma experiência muito negativa
*A captura da dimensão cristã pelo instinto religioso com a colaboração de quem deverá evangelizar e não tornar a Igreja pouco mais do que uma “estação de serviços religiosos” e/ou uma ONG entre outras
- O que gostaria que mudasse:
** A vinculação obrigatória do ministério presbiteral à condição celibatária
** A prática marginalizadora por parte da hierarquia – bispos e padres – relativamente aos presbíteros “dispensados das obrigações inerentes ao estado clerical”. Tarda a inclusão voluntária e adequada dos presbíteros “dispensados” na actividade pastoral das comunidades.
** Renovação da linguagem: a dicotomia clérigo/leigo deve ser suprimida mediante reflexão da teologia dos ministérios. Dicotomia tão prejudicial à imagem, à construção e à descoberta da Igreja como esta será difícil imaginar
- Mudar em mim
* Crescer na fé na acção do Espírito que até de “pedras faz filhos de Abraão”.