
Abudo Gafuro Manana, presidente da Associação Kuendeleya, com o certificado do Prémio Voluntário do Ano. Foto: Direitos reservados.
Abudo Gafuro Manana, presidente da Associação Kuendeleya, criada em Cabo Delgado (Moçambique), por jovens católicos, protestantes e muçulmanos, foi distinguido com o Prémio Voluntário do Ano pela Promoção da Paz e Coesão Social, atribuído pelo programa de Voluntários das Nações Unidas. Numa cerimónia nacional realizada no último sábado, 3 de Dezembro, em Pemba, foi reconhecida a contribuição voluntária de Abudo Gafuro em favor do bem-estar da comunidade moçambicana.
O prémio reconhece-lhe o “empenho na solidariedade”, os “valores pessoais”, a “honra” e o “serviço à humanidade”. O jovem activista social, defensor dos Direitos Humanos, tem desenvolvido em Pemba um frutuoso trabalho de educação de crianças e de formação técnica e profissional de adolescentes [ver 7MARGENS].
“Fazer o bem para o bem”, defende Abudo Gafuro, explicando que “ser voluntário é um enorme desafio, mas devemos apoiar-nos uns aos outros para fazer a diferença nas comunidades”. Este trabalho voluntário, acrescenta, é essencial para promover “a inclusão social, a coesão, a reconciliação, a partilha, a paz, a liberdade, o respeito e a dignidade humana”. É, além disso, fundamental “para um desenvolvimento integral e sustentável”.
A Associação Kuendeleya foi criada para cumprir o desígnio de ajudar os mais novos, mas o trabalho que se desenvolve tem procurado mais amplamente minorar o sofrimento dos inúmeros deslocados que fogem das zonas mais flageladas pelo terrorismo que se reivindica do islão, como o 7MARGENS já referiu.
A iniciativa de premiar o Voluntário do Ano contou com a parceria do Conselho Nacional de Voluntariado e da Secretaria de Estado da Juventude e Emprego.