Crime cometido há 40 anos
Tribunal eclesiástico de Barcelona condena padre já reformado por abuso de menor
O Tribunal Eclesiástico de Barcelona considerou culpado o padre Josep Luís Fernández por ter abusado sexualmente de um menor há mais de 40 anos. O prelado, de 81, foi proibido de realizar sacramentos e celebrar missa, ainda que já não o fizesse por se encontrar reformado.
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 18)
A Igreja não pode voltar a dar “uma mão cheia de nada”
Nesta décima oitava resposta, Helena Martins Carmona, leiga, católica, professora de Educação Moral e Religiosa Católica, chama a atenção para a importância das decisões coletivas ao nível da CEP e para a necessidade de que todo o processo seja isento e transparente. Propõe ainda a participação de todos os batizados através de assembleias diocesanas.
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 17)
Sinodalidade: critério processual a assumir com radicalidade e com verdade
Nesta décima sétima resposta, José Veiga Torres, nascido e batizado na paróquia de Santa Maria Maior, da cidade de Viana do Castelo e residindo atualmente em Coimbra, sem a preocupação de se restringir às perguntas, centra as suas propostas na sinodalidade e suas implicações na vida da Igreja e, sobretudo, nas relações entre comunidades.
O celibato como afirmação do poder clerical
Deixemo-nos de rodeios. Não vale a pena procurar tapar o sol com a peneira. Serão tentativas inúteis de ocultação da verdade. Por mais que não o desejemos, a verdade é como o azeite, acaba sempre por flutuar sob o olhar atónito dos mais distraídos. A insistência milenar da Igreja ocidental (latina) no celibato obrigatório é uma forma de afirmação e consolidação do clericalismo. (Opinião de Jorge Paulo é católico e professor do ensino básico e secundário)
[O flagelo que não acaba – VII]
Falamos de abusos na vida religiosa?
Só porque algo não é falado não significa que não exista. A cultura da impunidade não só nasceu e se instalou nos seminários, como também estendeu os seus tentáculos à vida religiosa. Não deve surpreender-nos porque o abuso de poder impregnou todas e cada uma das estruturas da Igreja, e a vida religiosa é uma delas. (Crónica de Cristina Inogés Sanz)
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 16)
Participação activa dos fiéis e não subordinada
Nesta décima sexta resposta, Cláudio Teixeira, professor associado do ISCTE aposentado e paroquiano da paróquia de Cacilhas, diocese de Setúbal, afirma que para sermos fiéis ao Evangelho importa tornar central a relevância de Jesus.
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 15)
A verdade jamais pode ser encoberta, disfarçada ou desculpabilizada
Nesta décima quinta resposta, Claudine Pinheiro, cantora católica e colaboradora do departamento de Comunicação e Marketing da Salesianos Editora, interpela a Igreja a assumir a verdade, por mais dolorosa que seja. A Igreja não pode ser um lugar seguro para os abusadores e impune para os seus crimes.
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 14)
Como é que se cuida sendo fiel ao Evangelho?
Nesta décima quarta resposta, Margarida Ferreira, coordenadora do Centro de Espiritualidade Redentorista (CER), propõe-nos cuidar das vítimas, o que pressupõe uma Igreja que “responda a uma só voz, com honestidade e clareza, que se mostre despojada, que mostre as feridas e as assuma.” Criar contextos de diálogo com abertura e honestidade e central a vida no Evangelho, é papel no qual todos nos devemos empenhar.
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 13)
Só uma Igreja cujo centro é o Evangelho será credível
Nesta décima terceira resposta, Cristina Inogés-Sanz, teóloga que integra a comissão metodológica do Sínodo dos Bispos católicos, desafia-nos a assumir a nossa responsabilidade enquanto leigos e saber qual o nosso lugar nessa Igreja, porque “ninguém é dono da Igreja, nem mesmo os bispos que agiram como se dela fossem donos.”
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 12)
Transformação implica caminho sinodal e escuta atenta
Nesta décima segunda resposta, a Ir. Mafalda Leitão e a Ir. Sandra Bartolomeu, Servas de Nossa Senhora de Fátima, sugerem que as formas concretas de transformação dos abusos em caminhos de vida nova, implicam antes de mais um caminho sinodal, uma escuta atenta a partir dos critérios do Evangelho.
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 11)
Levar os crentes à (re)aprendizagem do Evangelho
Nesta décima primeira resposta, o casal de professores universitários em Massachussets e Providence (Estados Unidos), Lourdes e José Francisco Costa sugerem um conjunto de medidas em relação à reparação dos problemas surgidos com os abusos sexuais e o debate, entre os batizados, sobre as tarefas e desafios que a sociedade coloca à renovação da Igreja.
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 10)
Uma assembleia sinodal periódica nacional, diocesana e paroquial
Nesta décima resposta, Conceição Oliveira Lopes, sugere a realização de uma assembleia sinodal periódica de âmbito nacional, diocesano e paroquial, que assuma diferentes focos temáticos, incluindo a escuta e acompanhamento de vítimas de abusos, o repensar da formação e exercício do ministério eclesiástico e a promoção de uma cidadania cristã ativa.
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 9)
Cabe ao povo de Deus fazer-se ouvir
Nesta nona resposta, Nuno Caiado, um dos subscritores das duas cartas dirigidas à Conferência Episcopal Portuguesa, pergunta sobre qual Igreja se fala e sugere a necessidade de reinventar grupos e comunidades “onde a voz não doa e a expressão das perplexidades possa ensaiar novos futuros”, sempre com a ajuda de teólogos.
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 8)
Uma Igreja transparente, na busca inquieta de Deus
Na sua terceira resposta, Teresa Vasconcelos admite a dificuldade de responder a estas perguntas pelo cepticismo e descrença de que alguma coisa venha a mudar. Apesar disso, propõe uma série de caminhos de renovação inspirados no Concílio Vaticano II.
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 7)
Uma resposta nascida de todos
Nesta sétima resposta, Nuno Sobral Camelo, leigo católico da diocese de Évora, diz que a Igreja terá de assumir a debilidade feita com a vida das pessoas envolvidas, abusados e abusadores.
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 6)
Olhar e escutar a dor, em processo sinodal
Perante o choque e a dor que sentimos com a tragédia dos abusos sexuais, e a tristeza perante a reação, terá de ser necessariamente à luz da sinodalidade, ou como diz o Papa Francisco à luz do “caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milénio”, que se podem pensar nos pontos centrais e nas medidas a assumir pela Igreja.
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 5)
Uma assembleia sinodal nacional
Nesta quinta resposta ao desafio do 7Margens, Eugénio Fonseca, presidente da Confederação Portuguesa do Voluntariado, sugere a obrigatoriedade de instituir instâncias de participação em registo sinodal, bem como uma estratégia formativa que valorize “o tão desconhecido pensamento social cristão.
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 4)
Uma profunda compaixão pelas vítimas
Nesta quarta resposta, Teresa Toldy, professora universitária, sugere que a Igreja deve tomar partido pelas vítimas, tal como Jesus fez; e que o sínodo convocado pelo Papa é uma oportunidade para colocar toda a Igreja a enfrentar o problema dos abusos.
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 3)
Prevenção em todo o lado – e muito, mesmo muito trabalho
Penso que as medidas de prevenção de maus-tratos e de abusos sexuais deveriam ser apreendidas, aplicadas e avaliadas em todo o lado, no quadro de organizações da Igreja Católica e de instituições onde ela participa direta e indiretamente (deveria ser uma obrigação, sem quaisquer contemplações). (Opinião de Joaquim Azevedo)
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 2)
“Mea culpa” público, cicatrizar feridas
A conferência episcopal teria de dar uma mensagem inequívoca de assunção de responsabilidade pelo encobrimento dos casos de abuso de que teve conhecimento. Perante a sociedade, não pode haver uma mensagem de autodesculpabilização. (Opinião Joana Rigato)
Igreja Católica – que caminhos de futuro? (Debate – 1)
Arrumar a casa, responder às vítimas, escutar sinais de mudança
Nesta primeira resposta, o casal Lisete e Fernando José Fradique, que integra os movimentos das Equipas de Nossa Senhora e Nós Somos Igreja – Portugal, destaca a importância de centrar respostas nas vítimas e promover dinâmicas de escuta de pessoas sobre mudanças a introduzir.