Entre 7 e 10 de novembro

Abusos, sínodo e JMJ em debate na assembleia de bispos em Fátima

| 7 Nov 2022

Conferência Episcopal Portuguesa

Assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, realizada no passado mês de abril, em Fátima. Foto © Agência Ecclesia/PR.

 

Os bispos portugueses estão reunidos a partir da tarde desta segunda-feira, 7, e até à próxima quinta-feira, em Fátima, para uma nova assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). Entre os temas em agenda incluem-se a Jornada Mundial da Juventude 2023, e a participação na etapa continental do Sínodo 2021-2024. Será também feito um ponto de situação sobre o processo de “proteção de menores e adultos vulneráveis”.

No discurso com que abriu os trabalhos, o presidente da CEP e bispo de Leiria-Fátima pediu soluções concertadas, a nível político, para responder à “grave” crise socioeconómica provocada pelos efeitos da pandemia e da guerra, que afeta particularmente “os mais vulneráveis”.

“Entre os mais prejudicados estão, como sempre, os mais vulneráveis: as famílias pobres e de baixos rendimentos; os jovens à busca de emprego; os idosos e agora as famílias de classe média, com grandes taxas de esforço para honrar os compromissos com a habitação e a educação dos filhos”, afirmou o bispo José Ornelas. O presidente da CEP alertou para o “agravamento das taxas de juro e o aumento galopante da inflação”, dizendo que as “medidas paliativas de emergência tomadas pelo Governo português são importantes para responder ao apoio de emergência, mas [que] é imprescindível realizar convergências de regime com base nos partidos e com consistência parlamentar”.

A preocupação, disse, deve ser o incentivo ao crescimento, “tendo como preocupação o combate à pobreza, a diminuição das desigualdades sociais e o bem-estar dos cidadãos, com uma mais justa repartição da riqueza”. E alertou ainda para a situação difícil de muitas instituições de solidariedade, que devem ter apoio da parte do Estado.

Sobre o tema dos abusos sexuais, Ornelas repetiu o princípio de “tolerância zero” com casos de abusos sexuais de menores, na Igreja Católica, e referiu o relatório final da Comissão Independente para o Estudo de Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica em Portugal, que será apresentado no final de janeiro: “Permitir-nos-á conhecer a verdade de um passado doloroso, antes de mais para as vítimas de tais abusos, que a todos nos fere e envergonha.”

Agradecendo a todas as vítimas que “têm dado, corajosamente, o seu testemunho ao longo dos últimos meses”, manifestou-se disponível para colaborar com elas na superação destes injustos e, a todos os títulos, inadmissíveis atentados”. E afirmou que este tem sido um “tempo penoso” para leigos e sobretudo para os padres, por causa do “duro embate” com tal realidade.

Durante esta assembleia, estará ainda em análise o documento “O Dom da Vocação Presbiteral. Ratio Nationalis Institutionis Sacerdotalis“, que contém diretrizes sobre os critérios de admissão nos seminários e a formação dos futuros padres. Em cima da mesa, estarão ainda o orçamento do Secretariado Geral para 2023 e “nomeações várias”.

 

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