
Ponte foi construída no âmbito da Jornada Mundial da Juventude para ligar as margens de Lisboa e Loures. Foto © Carlos Farinha / JMJ Lisboa 2023
O Patriarcado de Lisboa informou, em comunicado, que D. Manuel Clemente pediu para “não se efetivar a atribuição do seu nome” à ponte ciclopedonal sobre o rio Trancão, conforme havia sido sugerido pela autarquia de Lisboa no final da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
O patriarca emérito, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA, “agradece a atenção da Câmara Municipal de Lisboa, mas não quer, de modo algum, que a atribuição seja causa de divisão ou que alguém se sinta ofendido”.
“A Jornada Mundial da Juventude, quis ser, muito pelo contrário, uma ocasião de reencontro de todos, em favor de uma sociedade mais justa e solidária”, sublinha o cardeal português.
A escolha do nome tinha sido anunciada na última sexta-feira, pela Câmara Municipal de Lisboa, como “uma homenagem ao 17.º patriarca de Lisboa, após a sua renúncia ao cargo por ter completado 75 anos de idade”, considerando que D. Manuel Clemente foi o “impulsionador da Jornada Mundial da Juventude” na capital portuguesa.
Após o anúncio, surgiram duas petições online, contra e a favor da decisão, que juntaram vários milhares de assinaturas e que poderiam levar o assunto a debate na Assembleia da República.
A ponte, com cerca de 560 metros, faz a ligação entre os concelhos de Lisboa e Loures, no Parque Tejo, que acolheu, entre 5 e 6 de agosto, as celebrações conclusivas da JMJ 2023.