
Aspeto das obras que já estão a acontecer no Mar da Palha, junto ao Parque das Nações. Fotos © Henrique Matos | Agência Ecclesia
O Complexo Logístico da Bobadela já está a mudar para acolher a vigília e a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a 5 e 6 agosto de 2023, naquela que será a primeira edição desta iniciativa da Igreja Católica em território português. As obras ficarão a cargo da Oliveiras, S.A – Engenharia e Construção, que venceu o concurso público “com prévia qualificação para a execução da reabilitação da área que acolherá o Recinto Principal da próxima edição” da JMJ, conforme indicou a empresa em comunicado enviado ao 7MARGENS.
Na mesma nota, a empresa acrescentou que “vencer este concurso nacional tem um valor especial” tendo em conta a importância do acontecmento para o qual a empresa está a trabalhar. “Este futuro parque intermunicipal acolherá centenas de milhares de jovens de todo o mundo para participar naquele que é um dos maiores eventos católicos internacionais, que alia a celebração da fé católica, com a presença do Papa Francisco, que tanto admiramos, a outras dinâmicas como a da interculturalidade e da amizade entre os povos, além de que será mais uma oportunidade de Portugal se dar a conhecer ao mundo.”
A obra, no âmbito do futuro Parque Intermunicipal Tejo-Trancão, que junta os municípios de Lisboa e Loures, desenvolve-se numa área de 35 hectares, na margem direita do rio Trancão na confluência com o rio Tejo, no município de Lisboa. A empresa indica ainda no comunicado que a “empreitada de conceção-construção contempla a modelação do aterro, execução das infraestruturas de biogás, lixiviados, redes de água e incêndio, redes de rega, percursos e caminhos, arranjos paisagísticos e zonas verdes e o aterro pré-carga para estabilização e fundação do altar das principais celebrações religiosas da JMJ 2023”.
O contrato, indica o comunicado tem o valor de cerca de sete milhões de euros (6.997.327,95€) e um prazo de execução de 329 dias, o que significa que deverá estar pronto no final de abril de 2023, três meses antes da realização da JMJ.
José Sá Fernandes, coordenador do grupo de projeto para a JMJ Lisboa 2023, manifestou à Agência Ecclesia a satisfação pelo trabalho que decorre e que classifica como “extraordinário”, destacando que a obra vai para lá do encontro dos jovens com o Papa. “Neste lugar vai nascer um parque que vai servir mais de 100 mil pessoas e os jovens que aqui estiverem com o Papa vão saber que também são agentes de mudança”, salienta o responsável, nomeado pelo Governo português.
Nesta segunda-feira, dia 6, teve lugar a primeira reunião da Comissão de Acompanhamento, com a presença de elementos ligados a alguns setores-chave como a saúde, a segurança ou a mobilidade. “Nós, os que estamos a montar o projeto, deveríamos sair um pouco da fila porque o grande protagonista é a juventude, a Igreja, a dimensão ecuménica do acontecimento e o Papa Francisco”, indicou Sá Fernandes.