
Na vigília, “estarão presentes ativistas angolanos e serão apresentadas mensagens das famílias das vítimas”. Foto: Direitos reservados.
O músico e ativista angolano Tanaíce Neutro foi finalmente libertado, depois de mais de seis mil pessoas terem assinado uma petição da Amnistia Internacional (AI), mas “o apelo para o respeito pleno dos direitos à liberdade de expressão, de associação e de reunião pacífica, por parte das autoridades e pelo próprio governo angolano, mantém-se urgente”, defende aquele organismo. Assim, a Amnistia Internacional Portugal realizará, no próximo dia 11 de julho, pelas 20 horas, uma vigília junto à Embaixada de Angola em Lisboa, apelando a justiça para as vítimas de violência policial em Angola.
A ação foi anunciada esta sexta-feira, 30 de junho, pela AI, em comunicado enviado ao 7MARGENS, adiantando que nela “estarão presentes ativistas angolanos e serão apresentadas mensagens das famílias das vítimas”.
“A libertação de Tanaice Neutro deve servir de agente para a mudança, impulsionando uma revisão abrangente das leis e práticas que impedem o exercício livre dos direitos humanos e liberdades fundamentais em Angola. É por isso que dia 11 de julho voltamos às ruas, para instar o governo angolano que o único futuro possível é aquele que permite que diversas vozes e opiniões floresçam no país”, realça Paulo Fontes, diretor de campanhas da Amnistia Internacional Portugal, citado no comunicado.
Ao longo dos últimos anos, a Amnistia Internacional “documentou um padrão preocupante de detenções arbitrárias, intimidação e assédio, perpetrado pelas autoridades angolanas contra pessoas que se atreveram a denunciar violações de direitos humanos, corrupção e injustiça no país”. O caso de Tanaíce Neutro, que o 7MARGENS acompanhou, é um exemplo.