
Foto de arquivo disponibilizada pela Amnistia Internacional (AI) de populares a protestarem em Angola contra o aumento do custo de vida em todo o país (Luanda, a 20 de março de 2021). Foto © OSVALDO SILVA/AFP via Getty Imagens, distribuída pela AI.
A Amnistia Internacional relembrou às autoridades angolanas que devem proteger os direitos humanos dos cidadãos, pedindo contenção à polícia, numa semana de manifestações previstas no país, depois de pelo menos cinco pessoas terem sido mortas e oito feridas na província do Huambo, num protesto de taxistas.
Na manifestação, que ocorreu a 5 de junho, a polícia usou gás lacrimogéneo e munições reais para dispersar os manifestantes, que resultaram naquelas vítimas, fazendo ainda 34 detenções.
Segundo a Amnistia Internacional, para esta semana de 10 a 17 de junho previam-se manifestações no território, “contra os elevados custos dos combustíveis e as leis restritivas que procuram limitar o trabalho das organizações não governamentais (ONG) em Angola”.
Para este sábado, por causa de uma manifestação prevista para a capital angolana, a agência Lusa antecipava a preocupação de munícipes e empresas que operam em Luanda, bem como de algumas embaixadas, que já emitiram avisos aos seus cidadãos para evitarem deslocações.
Em comunicado, a organização de defesa dos direitos humanos recordou que “o direito à liberdade de expressão e manifestação pacífica tem sido violado constantemente em Angola”.