
Manifestação a pedir o fecho de Guantánamo: a Amnistia pede que Biden honre o seu compromisso. Foto © Gamma-Rapho via Getty Images /cedida por Amnistia Internacional
A diretora do programa Segurança com Direitos Humanos da secção americana da Amnistia Internacional, Daphne Eviatar, informou nas páginas da organização que nesta terça-feira, 11 de janeiro, vão ter lugar várias ações para pressionar o Presidente Biden a “fechar de uma vez por todas” a prisão de Guantánamo “um local de tortura e detenção injustificada por tempo indeterminado” aberto há 20 anos.
Condicionadas pelo surto pandémico que grassa nos EUA, as ações vão ter carácter online, mas nem por isso devem ser menos veementes. A porta-voz da Amnistia lembra que “o Presidente Biden deve manter o seu compromisso de fechar Guantánamo de uma vez por todas. Quanto mais tempo a prisão permanecer aberta, mais tempo continuará a minar a credibilidade dos EUA no que diz respeito aos direitos humanos”.
A prisão militar da Guantánamo foi posta a funcionar a 11 de janeiro de 2002 na base americana da Baía de Guantánamo, na ilha de Cuba, para ficar fora da alçada dos tribunais americanos. Ali foram torturados vários suspeitos de ligação aos ataques de 11 de setembro, bem como a outras ações terroristas. 39 muçulmanos continuam presos em Guantánamo. Nenhum deles, segundo a Amnistia Internacional, obteve “um julgamento justo” o que significa que “continuam detidos indefinidamente em violação dos direitos humanos internacionalmente reconhecidos”.