As Nações Unidas divulgaram esta quinta-feira, 28 de dezembro, a mensagem do seu secretário-geral para 2023. Num vídeo de um minuto e meio, é a palavra “paz”, repetida nove vezes por António Guterres, que sobressai. Porque “precisamos de paz, agora mais do que nunca”, afirma.
“Paz uns com os outros, através do diálogo para acabar com o conflito”, mas também “paz com a natureza e o nosso clima, para construir um mundo mais sustentável”, “paz no lar, para que mulheres e raparigas possam viver com dignidade e segurança”, “paz nas ruas e nas nossas comunidades, com a plena proteção de todos os direitos humanos”.
António Guterres pede ainda paz para os locais de culto, “com respeito pelas crenças de cada um”, e não esquece a necessidade de “paz online, livre de discurso de ódio e abuso”.
Olhando para 2022, o secretário-geral da ONU recorda que, “em todo o mundo, cem milhões de pessoas estavam em movimento, fugindo de guerras, incêndios florestais, secas, pobreza e fome”.
E se no início de um novo ano normalmente “varremos as cinzas do ano velho e nos preparamos para um dia melhor”, a verdade é que, “em 2022, milhões de pessoas em todo o mundo literalmente varreram as cinzas”. “Da Ucrânia ao Afeganistão, à República Democrática do Congo e mais além, as pessoas deixaram as ruínas das suas casas e vidas em busca de algo melhor”, assinala.
Por isso, “em 2023, vamos colocar a paz no centro das nossas palavras e ações”, conclui. “Juntos, vamos fazer de 2023 um ano em que a paz seja restaurada nas nossas vidas, nos nossos lares e no nosso mundo.”
