
Francisco durante a sua visita ao Canadá, em julho de 2022. Em 2023, começará por ir à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul. Foto © Vatican Media.
Naquela que terá sido a sua última entrevista de 2022, Francisco afirmou que “talvez” vá à cidade de Marselha, no sul de França, em 2023, para um encontro com os bispos dos países mediterrânicos. A confirmar-se, esta será mais uma viagem a acrescentar à agenda de 2023 do Papa, que promete ser preenchida.
Já entre 31 de janeiro e 5 de fevereiro, o Papa fará a sua 40ª viagem apostólica desde o início do pontificado, e que será “dois em um”, pois está previsto que visite a República Democrática do Congo e também o Sudão do Sul.
Depois, como é sabido, de 1 a 6 de agosto virá a Lisboa para a Jornada Mundial da Juventude, e está confirmado que passará também pelo Santuário de Fátima, embora não se saiba ainda em qual dos dias.
E além disto? O jornal francês La Coix recorda que Matteo Bruni, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, confirmou em abril de 2022 que uma viagem papal ao Líbano estava “em consideração”. Francisco expressou repetidamente o desejo de visitar este país do Médio Oriente, especialmente desde a trágica explosão no porto de Beirute em agosto de 2020.
Segundo fontes do Vaticano, citadas pelo mesmo jornal, Francisco poderá também visitar a Hungria e terá já aceitado um convite para ir à Mongólia, em data ainda a definir.
Quanto à Ucrânia, o Papa manifestou por diversas vezes, ao longo de 2022, querer visitar o país em guerra, tendo assinalado que gostaria de ir não só a Kiev, mas também à capital russa, Moscovo, e que não estavam ainda reunidas as condições para que tal pudesse acontecer.
Se o Papa não vai à Ucrânia, vai o cardeal Krajewski

O esmoleiro do Papa acaba de deixar em Lviv e Kiev os geradores e camisolas térmicas que resultaram de uma campanha dinamizada pela Igreja Católica. Foto © M. Krawiec.
Francisco ainda não conseguiu ir à Ucrânia, mas o seu esmoleiro, o cardeal Konrad Krajewski, já lá está pela quinta vez. “O Santo Padre enviou-me uma mensagem muito longa para me dar coragem e dizer que está próximo”, conta o cardeal polaco ao Vatican News, que acaba de deixar em Lviv e Kiev os geradores e camisolas térmicas que resultaram da campanha dinamizada pela Igreja Católica, através da qual foram angariados 111 mil euros para a compra de roupas, e que ainda continua.
“Queria ser o garante de que tudo o que recolhemos em Itália seria entregue imediatamente”, explica, lembrando que “tantas pessoas estão sem luz, sem aquecimento”.
Krajewski conta também que “foi muito difícil atravessar a fronteira”, tendo enfrentado filas de camiões de 25 quilómetros, mas considera que “é o que Jesus faria, que se colocava sempre no lugar das pessoas, que estavam doentes, que estavam a sofrer. A compaixão… Nós também devemos imitá-lo”.
Já tinha estado no país em guerra durante a Semana Santa, agora passou lá o Natal, e diz-se “feliz” por ter ido. “É uma gota, mas a gota vai para o rio e do rio para o mar. Devemos raciocinar de acordo com a lógica do Evangelho. Nós fazemos as pequenas obras, as grandes são do Senhor”, conclui.