
Funcionária da Cáritas de Beja em trabalho durante a pandemia. Foto © Cáritas Portuguesa/Noelle Georg.
A distribuição de vales da Cáritas Portuguesa para refeições “reforçou o apoio alimentar” a quase três mil famílias e mais de oito mil pessoas durante este ano e meio de pandemia, conclui um estudo da instituição de acção social católica, que será apresentado esta quinta-feira, 16 de Dezembro, em Lisboa.
Essa distribuição, de acordo com alguns dados fornecidos pela Cáritas na sua página na rede Facebook, permitiu, por exemplo, a adição de carne ou peixe aos cabazes de famílias e pessoas carenciadas.
O estudo “A Rede Cáritas em Portugal e a resposta à covid-19” pretende documentar a resposta da rede Cáritas em Portugal à pandemia de covid-19.
Além do apoio alimentar, a Cáritas tem desenvolvido outras acções e disso se dá conta no estudo. A Cáritas de Braga, por exemplo, desenvolveu um conjunto de actividades ocupacionais e culturais, que pretendia “mitigar os impactos da pandemia”, combatendo o isolamento social e promovendo a saúde mental.
Outro exemplo de projectos desenvolvidos como resposta à pandemia foi o da Cáritas de Beja, intitulado “Humanamente @ctivos”, que pretendia, através do uso de tablets, remediar as situações de isolamento ou distanciamento físico dos mais velhos.
A investigação foi realizada por uma equipa da Oficina Global, iniciativa académica que alia a investigação à acção em parceria com organizações da sociedade civil portuguesa. A Oficina Global é apoiada pelo CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento e pelo ISEG (antigo Instituto Superior de Economia e Gestão, agora designado, em inglês, Lisbon School of Economics and Management, da Universidade de Lisboa).
O estudo teve também como objectivo fazer uma análise preliminar dos dados recolhidos sobre a resposta da Cáritas, “tendo em conta o impacto socioeconómico da pandemia na população portuguesa e as implicações possíveis dessa análise” perante o modelo de Sistema de Proteção Social da Cáritas Europa.
A sessão de apresentação do estudo, prevista para iniciar às 16h30, decorrerá no Edifício Quelhas do ISEG (numa sessão já esgotada, tendo e conta as regras de combate à pandemia), mas pode ser acompanhada na página da Cáritas no Facebook.
Na sessão, intervêm, entre outros, as presidentes do ISEG, Clara Raposo, e da Cáritas, Rita Valadas, o director do Departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal, Nuno Alves, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, e Luís Bernardo, um dos autores do estudo – os outros são Ana Luísa Silva, Luís Mah e Renata Vieira de Assis.
A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, encerra a sessão.