
O arcebispo de Madrid promoveu um momento de escuta sinodal na Igreja de Nossa Senhora das Maravilhas, em Madrid. Foto © Twitter Comunidade de Sant’Egídio
O arcebispo de Madrid, cardeal Carlos Osoro, continua a caminhada sinodal da sua arquidiocese com a realização de encontros com vários grupos da sociedade civil. Depois de já ter reunido com políticos, professores universitários, empresários, representantes sindicais, artistas e atletas, o prelado quis ouvir os mais vulneráveis.
A Comunidade de Santo Egídio, reunida na noite de domingo, dia 13, na igreja de Nossa Senhora das Maravilhas, foi o grupo escolhido para possibilitar essa escuta. Lá o cardeal encontrou, conta o Religión Digital, sem-abrigo, estrangeiros, famílias com crianças… todos para responder à questão colocada pelo cardeal Carlos Osoro: “O que pedem à Igreja?”
Um dos pobres, relata a reportagem, pediu que “os pobres sejam tratados pelo [seu] nome”, e deu como exemplo esta comunidade, “o único lugar do mundo onde ouço o meu nome”. Que seja um “ponto de encontro” e que “nunca desista de sonhar, que tenha a ambição de que tudo possa mudar” foram outras das ideias deixadas pelos participantes.
A Arquidiocese de Madrid tem estado particularmente ativa nesta fase diocesana do Sínodo, promovendo encontros ao nível diocesano e nacional, ao mesmo tempo que acontecem as escutas sinodais nas paróquias locais e movimentos.
Ao Vatican News, o prelado considerou que o “amor cristão exige o diálogo”, justificando assim todas estas ações muito para lá da simples escuta das comunidades locais e paróquias. “Jesus não fez o seu caminho sozinho, mas fê-lo com todos os homens com quem se encontrou, e por vezes encontrava-se com gente que claramente nada queria ter a ver com ele”, refere.
No site criado especificamente para o efeito, as pessoas podem consultar os materiais preparados pela Secretaria-Geral do Sínodo, assim como preencherem um questionário online para deixarem a sua participação. É, segundo afirmam, “uma oportunidade para ouvir mais profundamente a voz do Espírito, aumentar a participação, melhorar a qualidade do diálogo, discernimento, fortalecer a conversão e estimular o sentido de conexão com as pessoas e com a Igreja local, regional e global”.