
A apresentação da assembleia, que decorreu na sede da Rádio Vaticana, foi feita pelo arcebispo Gintaras Grušas, Presidente do CCEE, e pelo cardeal Jean-Claude Hollerich, vice-Presidente do CCEE e relator-geral do Sínodo. Foto © Vatican Media.
Foi oficialmente apresentada esta quarta-feira, 14 de dezembro, em Roma, a próxima etapa do processo sinodal 2021-2024 na Europa. Trata-se da assembleia continental, que terá lugar em Praga, de 5 a 12 de fevereiro de 2023, e na qual participarão perto de 600 pessoas em representação das 39 conferências episcopais que integram o Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE).
A primeira parte do encontro, entre 5 e 9 de fevereiro, será uma assembleia eclesial e contará com a presença de 200 pessoas (156 delegados das várias conferências episcopais e 44 convidados diretamente pela presidência do Conselho, ligados às realidades eclesiais mais representativas a nível europeu), e ainda 390 delegados online (10 de cada conferência episcopal). Na segunda parte da assembleia, de 10 a 12 de fevereiro, participarão apenas os presidentes das conferências episcopais.
A apresentação, que decorreu na sede da Rádio Vaticana, foi feita pelo arcebispo Gintaras Grušas, Presidente do CCEE, e pelo cardeal Jean-Claude Hollerich, vice-Presidente do CCEE e relator-geral do Sínodo.
Grušas sublinhou que esta é a primeira vez que existe uma fase continental num sínodo e reiterou que o principal objetivo é “caminhar juntos”, numa “Igreja de escuta e proximidade”. O também arcebispo de Vilnius (Lituânia) assinalou ainda que Jesus é a única resposta às várias necessidades que a Europa está a experimentar, em particular no contexto da guerra. “A Europa ainda é cristã, mesmo quando não o sabe”, afirmou. “O processo sinodal faz parte do caminho para continuar a proclamar que ‘Cristo é a esperança’ da Europa e do mundo.”
Jean-Claude Hollerich, por seu lado, recordou a fase nacional do Sínodo e manifestou a sua surpresa com a semelhança presente nas sínteses dos vários países, assegurando que as assembleias continentais irão discernir as experiências particulares, problemas, intuições e questões, e prioridades pastorais presentes na Europa. “Os participantes na assembleia continental estarão empenhados numa leitura ‘orante’ e reflexão do Documento Continental”, referiu.
O Instrumentum Laboris, que será o resultado das seis assembleias continentais, deverá refletir então as sínteses produzidas por todos os continentes. A esperança é de que “algo novo surja das tensões”, em vez de as tensões de um grupo dominarem os outros. Isso inclui novas formas de trabalhar em conjunto, explicou Hollerich, pedindo orações para que ele próprio seja fiel ao papel que foi chamado a desempenhar, enquanto relator-geral, neste “sínodo sobre a sinodalidade… sobre o nosso modo de ser Igreja e como esta Igreja deve caminhar unida”.