
O Programa Alimentar Mundial pretende fazer chegar a assistência necessária para cerca de 95 mil pessoas antes da estação das chuvas. Foto © PAM.
“Num momento de fortes restrições de financiamento, perder ajuda humanitária por roubo, saque ou destruição significa que cada saco de comida, nutrição ou outros bens humanitários saqueados são roubados diretamente às famílias mais necessitadas do Sudão do Sul.” A frase é de Meshack Malo, o coordenador humanitário interino da ONU para o Sudão do Sul, divulgada pelos serviços de comunicação das Nações Unidas, na sequência de uma tentativa de emboscada a um comboio da ONU no Sudão do Sul, na segunda-feira, 28 de fevereiro, que deixou ferido um “soldado da paz”.
O militar está em condição estável, depois de ter sido baleado, informaram na terça-feira, 1 de março, a Missão da ONU no país, UNMISS, e o Programa Alimentar Mundial (PAM).
Meshack Malo lembrou que os contínuos ataques a comboios humanitários e as tentativas de saques de ajuda vital para populações vulneráveis são uma violação flagrante do direito internacional humanitário.
O comboio humanitário, constituído por 59 camiões, transportava assistência alimentar do PAM quando foi atacado por homens armados perto de Gadiang, no estado de Jonglei, a cerca de 160 quilómetros da capital do estado, Bor.
As forças de paz da UNMISS protegiam o comboio, que viajava para várias localidades para fazer chegar a assistência necessária para cerca de 95 mil pessoas antes da estação das chuvas, quando o acesso se torna muito mais difícil.
A Missão e o PAM alertaram, em comunicado, que incidentes como estes impedem os agentes humanitários de prestarem assistência vital às pessoas necessitadas durante uma janela limitada de oportunidade disponível para chegar até eles.