
Populações em fuga dos ataques no Kivu Norte, Congo: a violência tem marcado de modo especial a região do Kivu e os crentes não são poupados. Foto © DR
Um ataque terrorista vitimou 17 pessoas e deixou cerca de 20 gravemente feridas neste domingo, 15 de janeiro. Uma bomba artesanal explodiu numa igreja evangélica na cidade de Kasindi-Lubirigha (Kivu Norte), perto da fronteira com o Uganda, localizada 90 quilómetros a nordeste da cidade de Beni, informou a Rádio Okapi.
Um dispositivo de segurança foi montado para cercar o local da tragédia de modo a evitar outros danos colaterais enquanto os fiéis da igreja, que estavam a meio de uma conferência, esvaziavam o local. Segundo o Exército, já estão em andamento investigações para detectar a origem deste acto terrorista.
O Governo condena veementemente “o atentado à bomba visivelmente perpetrado por terroristas das ADF, neste domingo 15/01/2023, contra cidadãos em pleno culto na freguesia da 8ª Comunidade de Igrejas Pentecostais do Congo na cidade de Kasindi no Kivu do Norte” , lê-se na conta do Twitter do Ministério da Comunicação e Media.
As autoridades do país pedem à população local que observe as recomendações das Forças Armadas da RDC para evitar aglomerações e estar vigilante. “A avaliação geral e os resultados das investigações preliminares em andamento serão comunicados nas próximas horas. O Governo apresenta as suas mais sentidas condolências às famílias enlutadas e expressa a sua profunda compaixão pelos compatriotas vítimas deste desprezível ato terrorista”, escreveu Patrick Muyaya, porta-voz do Governo.
Segundo o Actualité, as imediações deste importante posto fronteiriço entre o Uganda e a RDC são marcadas por vários ataques de combatentes das ADF (Forças Democráticas Aliadas, da sigla em inglês), nomeadamente na estrada Beni-Kasindi. Este movimento é suspeito dado que se tem distinguido nos últimos meses por este modus operandi.
De acordo com o grupo de especialistas da ONU na RDC, no ano passado, vários ataques com artefactos explosivos improvisados confirmaram que a ADF optou por operações mais visíveis e mortais, em particular usando ataques-suicidas, contando com uma rede bem estabelecida e células operacionais.
Entretanto, e segundo o 20 minutes, o ataque já foi reivindicado pelo Daesh.