O sentimento antimuçulmano e o antissemitismo estão por detrás de um crescente discurso de ódio e ameaças nas redes sociais e de ataques verbais e físicos, na Alemanha e noutros países da Europa. A situação está a mobilizar o Conselho da Europa para tomar medidas que combatam o problema.
As ameaças assumem diversas formas. Há alguns anos, uma mesquita foi objeto de inscrições intimidatórias, com cruzes suásticas pintadas nas paredes e nas janelas. Esse tipo de atividades cresceu em tempos recentes. Na Alemanha, segundo a Deutsche Welle, o Ministério do Interior registou 1026 desses ataques, só no ano de 2020. Mas suspeita-se que muitos nem sequer são participados.
Daniel Höltgen, representante especial do Conselho da Europa para as questões de ódio antissemita e antimuçulmano em oito países europeus refere, a partir da sua perspetiva mais ampla, que o problema está longe de ser apenas alemão.
Este responsável refere que, a partir da análise de casos em países que possuem comunidades muçulmanas mais numerosas – Alemanha, França, Reino Unido e Áustria – está previsto publicar recomendações concretas nos próximos meses para dar aos políticos diretrizes para o combate ao antissemitismo e ao sentimento antimuçulmano.