Um naufrágio ocorrido na noite de sexta-feira 11 para sábado 12 de Agosto, ao largo de Sangatte, França, provocou a morte de seis jovens de nacionalidade afegã com idades compreendidas entre os 25 e os 30 anos, segundo informou o gabinete do procurador da República de Boulogne-sur-Mer. O número de mortos pode aumentar porque há desaparecidos. Exilados, todos tentavam atravessar o Canal da Mancha. Na manhã de sábado, 54 pessoas foram salvas de um naufrágio de outra embarcação ao largo de Calais.
O Papa, no domingo, dia 13, no Angelus, referiu-se ao drama dos que morrem quando procuram escapar à miséria, à fome ou às guerras, numa semana em que se registaram outros naufrágios, como o que provocou a morte de 41 migrantes por a pequena embarcação em que viajavam, da Tunísia rumo a Itália, ter sido atingida por uma onda e virado.
“Com dor e vergonha, devemos dizer que, desde o início do ano, quase dois mil homens, mulheres e crianças já morreram neste mar tentando chegar à Europa”, disse Francisco, considerando que se trata de “uma chaga aberta da nossa humanidade”. O Papa encorajou “os esforços políticos e diplomáticos que procuram curá-la com espírito de solidariedade e fraternidade, assim como o empenho de todos aqueles que trabalham para prevenir os naufrágios e resgatar os migrantes”.
O tema das migrações será discutido nos MED 23 – Rencontres Méditerranéennes, a realizar em Marselha entre 17 e 24 de Setembro. A relevância do encontro é reconhecida pelo Papa Francisco que estará na cidade francesa nos dias 22 a 23, tal como representantes de todas as confissões e religiões do Mediterrâneo.