
Estátua de cristo vandalizada em Jerusalém, durante a quaresma deste ano. Os desacatos continuam, na sua maioria protagonizadas por jovens. Foto © Custódia da Terra Santa.
“Nos últimos meses, os ataques, perpetrados principalmente por extremistas judeus religiosos, contra o clero, igrejas e lugares sagrados cristãos despertaram a ansiedade de muitos dos fiéis cristãos, particularmente em Jerusalém e Haifa”, refere em comunicado a Comissão Justiça e Paz da Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa (Aocts).
De acordo com a SIR–Agenzia d’Informazione de dia 28 de julho, a Comissão assinala ainda que “infelizmente, como no passado, as autoridades policiais raramente identificam e prendem os perpetradores desses ataques, e ainda mais raramente os perpetradores são responsabilizados”. O comunicado faz referência a numerosos ataques ocorridos nos últimos meses na Cidade Santa, em Nazaré e mais recentemente em frente ao mosteiro Stella Maris, no Monte Carmelo, em Haifa, que tem sido alvo de religiosos judeus que têm vindo a reivindicar a sua propriedade.
“O Estado de Israel – denuncia a Comissão – declara repetidamente que garante a todos os seus cidadãos a liberdade de praticar a sua religião. Afirma também que protege os seus cidadãos do crime, garantindo a lei e a ordem. É, portanto, incompreensível que estas manifestações de desacato possam continuar, na sua maioria protagonizadas por jovens, incluindo menores”.
A Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa reúne os bispos, eparcas e exarcas da Igreja Católica com jurisdição sobre os territórios da Terra Santa: Jerusalém, Palestina, Israel, Jordânia, Chipre. Os bispos católicos pertencem à Igreja Latina, à Igreja Greco-Melquita Católica, à Igreja Maronita, à Igreja Católica Arménia, à Igreja Católica Siríaca e à Igreja Católica Caldeia.
As tensões religiosas aumentaram no país e em todos os territórios ocupados por Israel ou seus vizinhos desde que o atual Governo chefiado por Benjamin Netanyahu tem sido conduzido pelas políticas integristas superagressivas impostas pelos partidos mais fundamentalistas que integram o Executivo.