
Migrantes no Atlântico (foto de arquivo). Foto © Flavio Gasperini / SOS Mediterranee
Poderão ter morrido mais de 60 pessoas de um barco que tinha partido do Senegal a 10 de julho e ia a caminho das Canárias, e que foi encontrado na última segunda-feira, 14 de agosto, ao largo do arquipélago de Cabo Verde. A informação foi divulgada pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).
As cerca de 40 pessoas, quatro das quais crianças, que foram encontradas na embarcação por um barco espanhol que passava na região, encontravam-se em condições humanitárias extremas, com o barco há longos dias à deriva.
As autoridades caboverdeanas que acudiram os sobreviventes encontraram, na altura, os restos mortais de sete pessoas.
Segundo dados da OIM, pelo menos 559 pessoas morreram ao tentar chegar às Ilhas Canárias em 2022, enquanto 126 pessoas morreram ou desapareceram na mesma rota nos primeiros seis meses deste ano, em 15 naufrágios registados.
O jornal britânico The Guardian citou, entretanto, a Frontex, agência europeia de guarda costeira, que referiu na última semana, que as chegadas irregulares aumentaram 13 por cento entre janeiro e julho, para 176.100 pessoas, um número que não tinha sido atingido desde 2016.