
Joe Biden lembrou que o Congresso, além de incluir pessoas de diferentes credos e pessoas sem qualquer religião, também é o órgão com maior diversidade étnica e racial de toda a sua história. Foto reproduzida a partir do Twitter @POTUS.
Perante uma audiência de algumas centenas de pessoas que participaram no pequeno-almoço de oração organizado pelo Congresso americano no Capitol Visitor Center, no dia 2 de fevereiro, o Presidente Biden disse: “Rezo para que comecemos a olhar-nos novamente uns aos outros, a viajar uns com os outros outra vez, a discutirmos sempre como o diabo uns com os outros, mas ainda assim irmos almoçar juntos”.
De acordo com o Religion News Service, Biden usou o tema da fé para comentar a diversidade do Congresso, lembrando que este, além de incluir pessoas de diferentes credos e pessoas sem qualquer religião, também é, depois das eleições de novembro do ano passado, o órgão com maior diversidade étnica e racial de toda a sua história. “As diferenças expressam a infinita criatividade de Deus, que é capaz de ver o seu reflexo de incontáveis maneiras em diferentes pessoas”, disse o Presidente, para quem essas diferenças “são também uma expressão da convicção americana de que a nossa diversidade é uma das nossas maiores forças.”
Além do Presidente e de representantes dos dois partidos, foram ouvidos sermões realizados pelo bispo Vashti McKenzie, presidente interino do Conselho Nacional de Igrejas, e pelo pastor do Tabernáculo de Brooklyn, Jim Cymbala.
A oração de Biden teve lugar no dia em que pela primeira vez se realizaram dois pequenos-almoços de oração desde que Dwight Eisenhower se tornou o primeiro presidente a comparecer, na década de 1950. Além da reunião no Capitólio, uma outra organizada pela Fellowship Foundation – mais conhecida como “The Family” – teve lugar no Washington Hilton, onde o evento é realizado desde os anos de 1980. O encontro de oração no Capitólio foi convocado por uma nova organização, a Fundação Nacional do Pequeno-Almoço de Oração, após anos de controvérsia motivada por um escândalo que apontava que a reunião de 2018 tinha sido vulnerável à espionagem.
Para além desta polémica, duas outras continuam a ocupar o espaço público americano. Uma critica o facto de apenas duas confissões cristãs estarem representadas no referido pequeno-almoço de oração. A outra considera inadequada a própria realização de um evento de oração reunindo congressistas e seus familiares e amigos, enquanto representantes eleitos para um órgão de poder de um Estado secular.