
Fiéis de máscara numa missa numa igreja do Porto. Foto © João Lopes Cardoso/Diocese do Porto.
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) decidiu abrandar “de forma ponderada os distanciamentos e os limites impostos à lotação das nossas igrejas”, mantendo no entanto “as outras medidas de proteção — higienização das mãos e uso da máscara” — relativas ao combate contra a pandemia da covid-19.
Num comunicado divulgado nesta quinta-feira, a CEP considera que é “tempo de ir retomando uma maior participação dos fiéis, abrandando algumas das medidas em vigor, no quadro do levantamento das restrições de controlo da pandemia em vigor em Portugal continental, que acontecerá a partir desta sexta-feira, 1 de Outubro.
“Mantendo-se o apelo a um comportamento responsável, o país assiste ao termo ou mitigação de muitas das medidas de protecção à saúde pública que comportavam restrições aos direitos e liberdade dos cidadãos, nomeadamente na vida social, económica e cultural”, dizem os bispos, na nota enviada às redacções.
O uso da máscara, a comunhão e o ofertório têm novas orientações, que pretendem privilegiar as “devidas normas de segurança e de saúde”; a saudação da paz continua suspensa e as pias de água benta, nas entradas das igrejas, mantêm-se vazias.
A comunhão deve continuar a ser ministrada apenas na mão dos fiéis, dizem os bispos. “No tocante à celebração dos demais Sacramentos, Sacramentais e Exéquias cristãs, deverão retomar-se as prescrições dos livros litúrgicos”, diz o texto. Já a confissão deve ser feita com “suficiente distância entre o confessor e o penitente”, devendo ambos usar máscara.
As outras actividades nos espaços eclesiais seguirão “as regras previstas pelas autoridades competentes para situações educativas, sociais e culturais semelhantes”.

Fiéis de máscara numa missa numa igreja do Porto. Foto © João Lopes Cardoso/Diocese do Porto.
Também o reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, deixou na tarde desta quinta-feira um convite aos peregrinos para que regressem a Fátima, com “responsabilidade e cuidado”, de forma a que este novo período possa ser uma “transição serena e progressiva”.
“Nestes últimos meses percebemos que a presença de peregrinos se estendeu ao longo do tempo, não se concentrando apenas nos dias das grandes peregrinações. É esta presença cuidada e exemplar que vos pedimos, agora que cabe a cada um de nós a responsabilidade de garantir uma transição serena e progressiva para a normalidade”, afirma.
De olhos postos já na peregrinação dos próximos dias 12-13 de Outubro o reitor de Fátima deixa “um convite renovado” para que os peregrinos se desloquem à Cova da Iria “com a mesma responsabilidade” e mantendo “o uso da máscara e o distanciamento necessário” como formas de protecção pessoal e dos outros.