Relações Roma-Pequim

Bispos chineses maltratados

| 25 Mai 2023

“Apesar do Acordo Provisório entre a Santa Sé e a República Popular assinado em 2018 e renovado pela segunda vez em outubro passado, um terço das dioceses ainda permanecem vagas.” Foto: Direitos reservados.

 

Entre os 67 bispos reconhecidos oficialmente pela República Popular da China pelo menos uma dúzia é supervisionada ou manipulada pelas autoridades civis. Existem ainda 17 outros bispos não reconhecidos cuja atividade é fortemente controlada e alguns autodesignados bispos que não são reconhecidos pelo Vaticano que já excomungou mais do que um. A realidade complexa da igreja chinesa foi analisada pela Asian News após o Dia de Oração pela Igreja na China, celebrado a 24 de maio.

A agência noticiosa não conseguiu, por falta de informação fidedigna, esclarecer com segurança todas as situações, mas reuniu na notícia publicada no dia 25 de maio o que se sabe de fontes seguras a propósito da complexa realidade da igreja chinesa. No dia anterior, o Papa Francisco, por ocasião do dia de Nossa Senhora Auxiliadora, venerada no santuário de Sheshan, em Xangai, dirigiu um pensamento especial “aos que sofrem, pastores e fiéis”, convidando-os a elevar a sua invocação a Deus “para que a Boa Nova de Cristo crucificado e ressuscitado seja anunciada em sua plenitude, beleza e liberdade” na China.

Como o 7MARGENS noticiou a 12 de maio, apesar do Acordo Provisório entre a Santa Sé e a República Popular assinado em 2018 e renovado pela segunda vez em outubro passado, um terço das dioceses ainda permanecem vagas. Por outro lado e segundo a Asian News, 13 bispos não reconhecidos pela República Popular (que encabeçavam a Igreja autónoma do poder do Partido Comunista Chinês, dita Igreja clandestina, fiel a Roma) continuam mantidos sob vigilância e as suas atividades são muito restringidas. A estes juntam-se outros quatro que vivem sob “situações especiais ainda mais precárias: entre eles está James Su Zhimin, bispo de Baoding, de quem não se tem notícias há vários anos, a ponto de alguns dizerem que terá morrido na prisão”.

Naquele imenso país existem também bispos autoproclamados, ou indicados pelo Governo, mas não reconhecidos por Roma. Este universo recobre situações diversas, com ‘bispos’ excomungados e ‘bispos irregulares’: “Enquanto a ordenação episcopal de Zhang Tongli nunca foi reconhecida pela Santa Sé porque foi obtida por fraude, o reverendo Wang Huiyao pertencia ao número de ‘bispos irregulares’, que só podiam – por imposição de Roma – atuar como sacerdotes”.

 

Os silêncios de Pio XII foram uma escolha – e que custos teve essa opção?

“A Lista do Padre Carreira” debate

Os silêncios de Pio XII foram uma escolha – e que custos teve essa opção? novidade

Os silêncios do Papa Pio XII durante aa Segunda Guerra Mundial “foram uma escolha”. E não apenas no que se refere ao extermínio dos judeus: “Ele também não teve discursos críticos sobre a Polónia”, um “país católico que estava a ser dividido pelos alemães, exactamente por estar convencido de que uma tomada de posição pública teria aniquilado a Santa Sé”. A afirmação é do historiador Andrea Riccardi, e surge no contexto da reportagem A Lista do Padre Carreira, que será exibida nesta quarta-feira, 31 de Maio, na TVI, numa parceria entre a estação televisiva e o 7MARGENS.

Apoie o 7MARGENS e desconte o seu donativo no IRS ou no IRC

Breves

 

JMJ realizou em 2022 metade das receitas que tinha orçamentado

A Fundação Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 obteve no ano passado rendimentos de 4,798 milhões de euros (menos de metade do previsto no seu orçamento) e gastos de 1,083 milhões, do que resultaram 3,714 milhões (que comparam com os 7,758 milhões de resultados orçamentados). A Fundação dispunha, assim, a 31 de dezembro de 2022, de 4,391 milhões de euros de resultados acumulados em três anos de existência.

Debate em Lisboa

Uma conversa JMJ “conectada à vida”

Com o objectivo de “incentivar a reflexão da juventude” sobre “várias problemáticas da actualidade, o Luiza Andaluz Centro de Conhecimento (LA-CC), de Lisboa, promove a terceira sessão das Conversas JMJ, intitulada “Apressadamente conectadas à vida”.

“É o fim da prisão perpétua para os inimputáveis”, e da greve de fome para Ezequiel

Revisão da lei aprovada

“É o fim da prisão perpétua para os inimputáveis”, e da greve de fome para Ezequiel novidade

Há uma nova luz ao fundo da prisão para Ezequiel Ribeiro – que esteve durante 21 dias em greve de fome como protesto pelos seus já 37 anos de detenção – e também para os restantes 203 inimputáveis que, tal como ele, têm visto ser-lhes prolongado o internamento em estabelecimentos prisionais mesmo depois de terminado o cumprimento das penas a que haviam sido condenados. A revisão da lei da saúde mental, aprovada na passada sexta-feira, 26 de maio, põe fim ao que, na prática, resultava em situações de prisão perpétua.

Especialistas mundiais reunidos em Lisboa para debater “violência em nome de Deus”

30 e 31 de maio

Especialistas mundiais reunidos em Lisboa para debater “violência em nome de Deus” novidade

A Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) acolhe esta terça e quarta-feira, 30 e 31 de maio, o simpósio “Violence in the Name of God: From Apocalyptic Expectations to Violence” (em português, “Violência em Nome de Deus: Das Expectativas Apocalípticas à Violência”), no qual participam alguns dos maiores especialistas mundiais em literatura apocalíptica, história da religião e teologia para discutir a ligação entre as teorias do fim do mundo e a crescente violência alavancada por crenças religiosas.

Agenda

There are no upcoming events.

Fale connosco

Autores

 

Pin It on Pinterest

Share This