
Vice-presidente, presidente e secretário da Conferência Episcopal em Fátima, no final de Abril: desta vez, a reunião foi por vídeo, por causa do mau tempo. Foto © António Marujo
O conselho permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) manifestou “a sua tristeza” pela aprovação da lei da eutanásia, esperando que o diploma “possa ainda ser alterado, dado o processo legislativo não estar ainda concluído”. Os bispos católicos reiteram ainda o que a CEP já expressou na semana passada.
A reunião decorreu por vídeo, tendo em conta o mau tempo que tem assolado o país. No comunicado final, os bispos expressaram “a sua solidariedade” para com os cidadãos atingidos pela intempérie, bem como o reconhecimento pelo esforço dos agentes envolvidos nas acções de socorro.
No documento, o conselho afirma ainda que lançou uma campanha de recolha de fundos junto das dioceses católicas e outras instituições eclesiais, respondendo a um pedido de apoio do arcebispo de Kiev para ajudar a Igreja da Ucrânia e as populações atingidas pela guerra.
O conselho permanente da CEP destaca ainda “a relevância das comemorações” dos 50 anos da vigília da Capela do Rato, que em 1972 reflectiu sobre a paz e “a contestação à guerra colonial, contributo importante na educação para a paz e na afirmação da democracia”.
No comunicado, os bispos anunciam que irão debater o tema dos abusos sexuais do clero no dia 3 de Março, no final do seu retiro anual, em Fátima, depois de a Comissão Independente apresentar publicamente o seu relatório dia 16 de Fevereiro. E pepararam a participação na assembleia continental do Sínodo católico (Praga, República Checa, 5 a 9 de Fevereiro) e no XV encontro de bispos dos países lusófonos (Nampula, Moçambique, 31 de janeiro a 5 de Fevereiro).