
O arcebispo Sviatoslav Shevchuk, numa foto do site da diocese.
O líder da Igreja Greco-Católica Ucraniana, arcebispo maior Sviatoslav Shevchuk, exortou os ucranianos a permanecerem unidos “diante desta grande ameaça” de invasão russa e sublinhou que a unidade interna é essencial “para a segurança e sobrevivência” do povo, de acordo com notícia da Catholic News Agency de 15 de fevereiro.
O apelo do arcebispo antecedeu a declaração do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, de que 16 de fevereiro seria um “dia de unidade” na Ucrânia, mas foi posterior ao telefonema do cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, que ligou a Shevchuk a 14 de fevereiro para expressar a solidariedade da Santa Sé com o povo ucraniano. O arcebispo Shevchuk lidera desde 2011 a maior das 23 Igrejas Orientais Católicas em plena comunhão com Roma e na sua mensagem exortou os ucranianos a contemplarem a unidade da Santíssima Trindade como via para aprofundarem as suas reflexões sobre a unidade. De igual modo, a Conferência Episcopal Latino-Católica da Ucrânia pediu que esta quarta-feira, 16 de fevereiro, seja um “dia de intensa oração e jejum”.
Estas tomadas de posição públicas tiveram lugar antes de ser conhecido que a Rússia estava a efetuar pequenas reduções no número de tropas que vinha concentrando desde o início do ano na sua fronteira com a Ucrânia e em território da Bielorrússia.
Neste país, o bispo Alex Butkevich, presidente da conferência dos bispos católicos da Bielorrússia, pediu aos católicos do seu país que mostrem “solidariedade com os irmãos ucranianos através da oração e do jejum pela paz” neste 16 de fevereiro. A fronteira comum destes dois países estende-se por mais de 1.110 quilómetros.
Já anteriormente, a 13 de fevereiro, o Patriarca Ecuménico Bartolomeu I de Constantinopla, considerado o “primeiro entre iguais” na Igreja Ortodoxa, pediu paz na Ucrânia em comunicado de 13 de fevereiro: “A possibilidade de uma nova guerra na Europa, resultante da escalada da retórica violenta e da militarização das fronteiras entre a Rússia e a Ucrânia, deve ser inequivocamente combatida. Pedimos paz duradoura, estabilidade e justiça na região.” Para o Patriarca Bartolomeu I “as armas não são a solução” e “o silêncio e a indiferença não são uma opção”, pois “não há paz sem vigilância constante.”