
Os padres redentoristas Hieromonk Ivan Levystky e Bohdan Geleta foram detidos pela Guarda Nacional Russa na semana passada. Foto © UGCC.
Os bispos da Igreja Greco-Católica da Ucrânia (UGCC) pedem a “libertação imediata” dos dois padres detidos na semana passada de forma “injustificada e ilegal” pelas tropas russas em Berdyansk, na região de Donetsk, acusados de atividade “subversiva” e “guerrilheira”.
Os padres redentoristas Hieromonk Ivan Levystky e Bohdan Geleta foram acusados de possuir armas, munições e livros sobre a história ucraniana, que terão sido encontrados num edifício da paróquia onde exerciam a sua atividade pastoral.
No seu comunicado, citado esta segunda-feira, 29 de novembro, pela Catholic News Agency, os bispos ucranianos referem que a detenção é o resultado de “uma calúnia clara e uma falsa acusação”. Até porque, “no momento das buscas à igreja, à casa paroquial e a outras instalações paroquiais, os dois padres já estavam presos, isto é, eles não podiam de forma alguma controlar essas instalações ou as ações da Guarda Nacional Russa”.
Assim, defendem, “eles não podem assumir qualquer responsabilidade pelas supostas armas e munições encontradas” pela Guarda Nacional Russa.
Na nota, os responsáveis religiosos dizem ainda sentir-se “obrigados” a especificar que os dois padres exerciam “o seu ministério sacerdotal” há mais de três anos na paróquia local, “proclamando a Palavra de Deus, que é paz para todas as pessoas”.
“Nestes tempos difíceis para o nosso povo, em que assistimos a numerosas e dolorosas vítimas da guerra, é com grande pesar e dor que recebemos a notícia do sequestro e prisão injustificada e ilegal de dois eclesiásticos”, afirmam os bispos ucranianos.
“Exigimos a libertação dos nossos padres – padre Ivan Levytsky e padre Bohdan Geleta – e a garantia de que eles possam continuar o seu serviço legal sem prejudicar as necessidades espirituais dos fiéis da Igreja Greco-Católica Ucraniana que vivem em Berdiansk”, concluem.