Benigno Aquino Jr., ex-presidente das Filipinas, que morreu nesta quinta-feira, 24, em Manila, foi elogiado pelos bispos católicos do país pela “profunda dedicação à democracia, ao bom governo e à dignidade da pessoa humana”.
Aquino foi o 15º presidente das Filipinas, entre 2010 e 2016. Faleceu aos 61 anos, vítima de insuficiência renal causada por diabetes. O funeral está previsto para este sábado, 26.
O presidente da Conferência Episcopal Filipina agradeceu “o respeito mútuo” que existiu entre a administração deste ex-Presidente e a Igreja Católica nas Filipinas, “enraizada na nossa fé inabalável no Deus Trino, e no nosso compromisso comum para a construção de uma sociedade justa e humana, especialmente para os necessitados”, refere a agência Fides.
Aquino descendia de dois ícones da democracia no sudeste asiático: o seu pai, o senador Benigno Simeon “Ninoy” Aquino Jr. (ferrenho adversário do então ditador Ferdinand Marcos), que foi assassinado ao retornar às Filipinas, após o exílio nos Estados Unidos, em 1983. Esse assassinato gerou a onda de indignação que resultou na revolução popular de 1986 e culminou com a fuga do ditador para os Estados Unidos. Foi então que a mãe de Aquino Jr III, Corazon Conjuanco Aquino, foi eleita Presidente e governou o país de 1986 a 1992, destacando-se no fortalecimento do caminho e das instituições democráticas.
O Presidente Rodrigo Duterte anunciou um período de luto nacional até 3 de julho.