
Os bispos sugerem a alteração de horários, sempre que for possível. Foto © Agência Ecclesia
Os bispos portugueses manifestaram-se “surpreendidos” com as limitações à circulação para os próximos dois fins-de-semana, anunciadas pelo primeiro-ministro António Costa neste domingo, depois das zero horas, na sequência do novo estado de emergência nacional que entra em vigor à primeira hora de segunda-feira, 9 de Novembro.
Em comunicado do secretariado geral da Conferência Episcopal Portuguesa enviado ao 7MARGENS, os bispos dizem que, embora considerem “compreensível” a medida anunciada, ela causa “muitas dificuldades” às diferentes actividades eclesiais – além da celebração da eucaristia, o fim de semana é muito utilizado para a realização de reuniões, encontros e outras actividades.
Por isso, o comunicado da CEP diz que, enquanto se verifica a margem para outras decisões, cada diocese deve ver “o melhor modo de adaptar as suas celebrações vespertinas e outras actividades” a outros horários. E dá o exemplo de Setúbal, cujo bispo decidiu que, “onde for possível e conveniente, as missas vespertinas podem ter lugar também nos sábados de manhã”.
Entre as decisões aprovadas sábado pelo Governo, reunido em Conselho de Ministros extraordinário, estão a proibição de circulação na via pública, entre as 13h00 e as 5h00 de sábado para domingo e de domingo para segunda-feira, nos 121 concelhos já anunciados como estando sujeitos a medidas de confinamento.
A nota da CEP apela a um “suplemento de fé na presença do Senhor entre nós e de uma especial solicitude para com os nossos irmãos e irmãs que estão neste barco do mundo em grande borrasca”.
A CEPO reunirá em assembleia plenária na próxima quarta-feira, em Fátima, e as novas orientações do Governo serão também analisadas, diz o comunicado. No próximo sábado, às 11h, os bispos celebram na basílica da Santíssima Trindade, em Fátima, uma eucaristia pelas vítimas da pandemia em Portugal.