
O bispo José Traquina elogiou o setor da Pastoral Social e todos os seus responsáveis, sublinhando que esta “não parou”, nem durante a pandemia nem com a guerra na Europa. Foto © Agência Ecclesia /OC.
O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana (CEPSMH), José Traquina, manifestou esta segunda-feira, 17, “grande preocupação” com a sustentabilidade das instituições sociais, devido às consequências da pandemia e da guerra, que estão a ter grande impacto na vida das famílias. O bispo de Santarém falava na abertura do encontro da Pastoral Social, que decorre até quarta-feira, em Fátima, com o tema “A pandemia, a guerra e os pobres”.
Questionando os aumentos nas “diferenças de rendimentos” e a “desvalorização da pessoa”, em particular dos idosos, dos doentes, e dos pobres, José Traquina afirmou que “é preciso reconhecer que uma sociedade desenvolvida e justa tem de incluir todos”.
O bispo elogiou o setor da Pastoral Social e todos os seus responsáveis, sublinhando que esta “não parou”, nem durante a pandemia nem com a guerra na Europa.
O presidente da Comissão Episcopal Portuguesa (CEP), José Ornelas, também presente no encontro, assinalou igualmente o impacto da pandemia e da guerra, que “aprofundou o fosso entre quem tem e quem não tem”.
O bispo de Leiria-Fátima declarou que, “num mundo que se quer próspero, não pode haver lugar para bolsas de miséria” e destacou a importância de ir além das respostas espontâneas a emergências. “Nós precisamos de trabalhar mais em rede”, sustentou.
O primeiro dia do 34.º Encontro da Pastoral Social contou ainda com intervenções do economista Nuno Alves, do Banco de Portugal, João Pereira, secretário-geral da Cáritas Portuguesa, e José Esperança da Silva, da Cáritas Diocesana de Lisboa.