
Alterações à lei estão a ser debatidas na Câmara de Representantes dos EUA e poderão ser um “sinal de boas-vindas para muitas famílias e para o bem comum”, consideram os bispos. Foto © Sergey Novikov.
Os bispos dos Estados Unidos da América expressaram esta semana o seu total apoio à inclusão de novas disposições na legislação sobre a imigração que, entre outras, abrem a porta à legalização de milhões de imigrantes indocumentados, noticiou esta sexta-feira, 17 de setembro, o Vatican News.
Na quarta-feira, 15, o bispo Mario Dorsonville, bispo auxiliar de Washington e presidente da Comissão para os Migrantes da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB ) saudou a aprovação pela Comissão Parlamentar da Câmara dos Representantes das propostas de revisão da lei. Dorsonville referiu-se às alterações como sendo um “passo importante” e um “sinal de boas-vindas para muitas famílias e para o bem comum.”
A legislação está a ser debatida na Câmara de Representantes no âmbito do próximo Orçamento do Estado e o projeto de lei proposto, no valor de 3.500 mil milhões de dólares, visa sobretudo expandir a rede de segurança social do país. Contudo, alguns congressistas democratas, apoiados pelos bispos, estão a tentar incluir na reforma geral da segurança social disposições que permitam oferecer um caminho para a cidadania a milhões de imigrantes indocumentados nos Estados Unidos.
Uma reforma abrangente
O bispo Mario Dorsonville lembrou que, há décadas, os bispos dos Estados Unidos “vêm propondo reformas que promovem a integração e a unidade familiar”, sublinhando que o país não pode continuar a manter à margem esses membros da sociedade, “principalmente quando, simultaneamente, depende de tantos deles para o seu bem-estar coletivo”.
Ao reiterar a necessidade de “uma reforma mais abrangente” do sistema de imigração dos EUA, o bispo repetiu os temas de uma carta enviada na semana passada pelos presidentes de cinco comissões da USCCB aos congressistas em que listavam o amplo conjunto de prioridades que os bispos americanos desejavam ver acolhidas no projeto de lei. Na declaração de quarta-feira, Dorsonville reiterou o seu apelo ao Congresso para que aprove legislação “que ajude todos aqueles que estão à margem de nossa sociedade, fortaleça as famílias, proteja a liberdade religiosa, promova o cuidado com a criação e respeite os direitos e a dignidade de cada vida humana, da conceção à morte natural.”