
Comício de uma das 16 campanhas presidenciais, numa imagem captada no YouTube.
A Conferência dos Bispos de Timor-Leste pediu que nenhum candidato à Presidência da República use a religião para fazer campanha neste país de maioria católica, evitando politizar a Igreja e usar símbolos ou atributos religiosos, noticiou a agência UCA News.
“A Igreja Católica não endossou nenhum candidato em particular entre os 16 candidatos que disputam as eleições de 19 de março”, afirmou o salesiano Virgílio do Carmo da Silva, arcebispo de Díli. “São todos timorenses, são cidadãos timorenses e católicos, e é por isso que a Igreja não toma partido nem apoia determinados candidatos.”
Segundo o prelado, a Igreja sempre teve uma posição clara de que é proibido usar atributos e símbolos católicos para campanhas políticas, acrescentou. O arcebispo disse que a conferência dos bispos no país de maioria católica havia solicitado que “nenhuma candidatura [use] a religião para fazer campanha”. “Os bispos disseram isso abertamente e enviaram cartas às paróquias, católicos e candidatos”, confirmou a agência Lusa, citada pela UCA News.
Recorde-se que o Papa Francisco já transmitiu a sua vontade em visitar ainda este ano a antiga colónia portuguesa e que viveu sob ocupação indonésia durante mais de 20 anos.