
Experior da Sé de Braga: os católicos da Arquidiocese são de novo chamados a pensar o futuro da Igreja. Foto © John Samuel, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons
A Arquidiocese de Braga marcou para 16 de setembro próximo uma nova assembleia sinodal diocesana e está a incentivar a reativação dos grupos sinodais e a criação de grupos novos.
“Fazer Sinodalidade – uma missão de todos, de sempre e para sempre…” é o mote que é dado pela equipa sinodal diocesana, através de um documento publicado recentemente, que propõe uma listagem de mais de uma dezena de pontos temáticos e define uma metodologia e um calendário.
Indo ao encontro da questão que alguns cristãos vinham colocando – “afinal a síntese diocesana elaborada na primeira etapa do Sínodo, que decorreu até meados de 2022, é para ter consequência ou para ficar na gaveta? – a sugestão da Arquidiocese de Braga é que se retome essa síntese e, com base nela, se busque “imaginar um futuro diferente para a Igreja bracarense”.
“Mais do que continuar a fazer diagnósticos da realidade, é tempo de ousarmos apontar caminhos possíveis, concretos e objetivos para tornar as nossas comunidades ‘mais sinodais’ e promover a renovação da Igreja”, aponta a equipa diocesana.
Cada grupo sinodal já existente ou que venha a ser formado de novo (na paróquia, no movimento ou noutro contexto) é convidado a pegar nas problemáticas selecionadas – ou noutras que entenda deverem ser repescadas – e escolher as três que considera prioritárias para a vida da paróquia / comunidade / arquidiocese.
O documento de referência para esta nova etapa dá ainda algumas indicações sobre o caminho a percorrer. Assim, recomenda que se preste especial atenção à escuta e ao acolhimento, e se incentive o diálogo e a participação ativa de todos nas decisões, “evitando posturas autoritárias”.
A aposta na formação; a valorização da dimensão espiritual e celebrativa; o cuidado com a linguagem e a comunicação; a busca de colaboração entre os diferentes grupos e movimentos, nomeadamente no contexto paroquial; e o foco na evangelização são as dimensões propostas. Para cada uma há perguntas que podem ajudar a reflexão dos grupos.
Os resultados devem ser enviados à equipa sinodal diocesana até 31 de julho, a qual os trabalhará com vista à assembleia diocesana de setembro.
Como refere a síntese de Braga relativa à primeira fase de auscultação no âmbito do Sínodo sobre a Sinodalidade, procura-se agora “ajudar as nossas comunidades a manter o ritmo e o método sinodal”, estendendo-a “quer no tempo, quer nas pessoas a quem toca, procurando, assim, envolver muitos outros que ainda não se sentiram ou não foram chamados”.