
Esta iniciativa realiza-se anualmente desde 2012, mas já antes, nas campanhas para os referendos sobre o aborto de 1998 e 2007, tinha havido manifestações semelhantes. Foto: Direitos reservados.
Uma “caminhada pela vida” em dez cidades portuguesas é a proposta da Federação Portuguesa pela Vida e da Plataforma Caminhadas pela Vida para este sábado, 22, à tarde, com o objectivo de contrariar o regresso do debate da eutanásia e os projectos de lei de alargamento de prazos no aborto apresentados entretanto no Parlamento pelas duas deputadas não inscritas.
Aveiro (Mercado Manuel Firmino), Braga (Avenida Central), Coimbra (Largo da Portagem), Évora (junto ao Convento do Calvário), Funchal (Rotunda Sá Carneiro), Guarda (Alameda de Santo André), Lisboa (Praça Luís de Camões), Porto (Sé), Santarém (Convento de São Francisco) e Viseu (Campo Viriato) são os locais marcados para as concentrações. Aveiro, Coimbra, Évora e Lisboa começam às 14h30, nas restantes cidades o início está marcado para as 15h00.
Os participantes vêm “à rua defender a vida em todas as circunstâncias, desde a concepção até à morte natural”, justifica a médica Margarida Neto. Na sua opinião, aqueles que aderem sentem a “obrigação interior de caminhar e exprimir este amor à vida, mas também a alegria”.
Em declarações à Ecclesia, Margarida Neto considera que, perante potenciais alterações legislativas, em matérias como a eutanásia “não há argumento nenhum que valide esta situação” e a “vida está de novo em perigo”.
Esta manifestação realiza-se anualmente desde 2012, mas já antes, nas campanhas para os referendos sobre o aborto de 1998 e 2007, tinha havido realizações semelhantes.
A Federação Portuguesa pela Vida recebeu em 2021 o Prémio Dignitas Personae, pela “forma como defendem a dignidade da pessoa” numa “sociedade desagregada” e que “permite que cada um decida por si”, da Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP).