
O vírus da corrupção “começa por se aninhar nas consciências de cada um individualmente, e quando elas são corrompidas contagiam a sociedade”, alertou António Marto esta quarta-feira, em Fátima. Foto © Santuário de Fátima.
“A santidade da vida quotidiana é o melhor e mais forte antídoto contra a pandemia da corrupção”, afirmou o bispo de Leiria-Fátima, cardeal António Marto, esta quarta-feira, 8, durante a missa da solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, à qual presidiu no Santuário de Fátima. Em Roma, o Papa cumpriu a tradicional homenagem à Imaculada Conceição, deslocando-se à Praça de Espanha, onde rezou pelas vítimas das guerras, da crise climática e pelos doentes.
O vírus da corrupção “começa por se aninhar nas consciências de cada um individualmente, e quando elas são corrompidas contagiam a sociedade”, alertou António Marto, sublinhando que “a santidade da vida quotidiana inspira e promove o renascimento moral” dessa mesma sociedade. “Somos chamados a viver a santidade, uma santidade de pequenos gestos onde quer que nos encontremos na nossa vida quotidiana: um ato de ternura; uma ajuda generosa; um tempo passado a escutar alguém que precisa de consolo; uma visita; uma companhia a quem está só ou enfermo” constituem formas de viver a santidade na vida quotidiana, referiu.
“Podem parecer gestos insignificantes, que não dão notícia nem fazem parangonas nos jornais, mas aos olhos de Deus são gestos grandiosos” enfatizou lembrando que é desta “ santidade popular”, a `santidade de ao pé da porta´, como lhe chama o Papa, “próxima a começar dentro da própria casa, da própria família” que a humanidade precisa.
Francisco, em Roma, rezou para que a Virgem Maria “desfaça o coração de pedra daqueles que levantam muros para afastar de si a dor dos outros” e, depositando um cesto de rosas brancas junto da imagem de Nossa Senhora que se encontra na Praça de Espanha, pediu “o milagre da cura para os muitos doentes, para os povos que sofrem duramente com as guerras e a crise climática”.