
Foi a primeira vez desde há dois anos que voltaram a ver-se dezenas de milhar de pessoas em Fátima numa importante peregrinação. Foto © Santuário de Fátima.
O cardeal brasileiro Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador da Bahia, afirmou em Fátima na manhã desta quarta-feira, 13, que os cristãos não podem “ficar indiferentes aos sofrimentos do próximo, especialmente do próximo mais necessitado e fragilizado”.
“A vida, a dignidade de cada pessoa necessitam ser reconhecidas, defendidas, promovidas, pelos que oram no templo e pelos que formam o templo vivo do Senhor, sem excluir ninguém de nosso amor fraterno”, afirmou ainda, na homilia da missa conclusiva da peregrinação de 12-13 de Outubro.
O cardeal brasileiro começou por recordar os “que mais sofrem as consequências da pandemia, os enfermos, os pobres, as famílias enlutadas e todos os que se encontram mais fragilizados”, homenageando ainda, “com especial estima e gratidão”, os profissionais de saúde, os que tratam de doentes nos hospitais e em casa, com “dedicação e generosidade”, e os que têm trabalhado na “vacinação portadora de esperança”.
O elogio da vacinação já tinha estado presente na véspera, nas suas declarações a uma pergunta do 7MARGENS. Sérgio da Rocha disse mesmo que inventiva à vacinação e apela a outros bispos para fazerem o mesmo.
“Reconhecemos com louvor a Deus e gratidão os passos que têm sido dados na superação da pandemia, mas precisamos continuar a cuidar da vida e da saúde com responsabilidade”, afirmou na homilia.
No final da peregrinação, o cardeal António Marto, bispo de Leiria-Fátima, anunciou que o Papa se tinha referido à peregrinação, na sua audiência geral no Vaticano.
Foi a primeira vez, desde há dois anos, que uma das mais importantes peregrinações do ano em Fátima se realizou sem limites de lotação, visível nas largas dezenas de milhar de pessoas que se distribuíram pelo recinto do santuário.