
Arcebispo de Colombo, cardeal Malcolm Ranjith. Foto da página de Facebook da diocese de Colombo, Sri Lanka.
O arcebispo de Colombo, cardeal Malcolm Ranjit, exigiu esta semana a renúncia imediata do Presidente Gotabaya Rajapaksa e a constituição de um governo provisório de unidade nacional que enfrente os problemas mais urgentes do país e realize eleições gerais o mais rapidamente possível, noticiou a agência Vatican News de 7 de julho.
“Em nome do povo sofredor, peço veementemente ao Presidente e ao Governo do Sri Lanka que assumam as suas responsabilidades pela triste situação [em que o país se encontra] e renunciem aos seus cargos, já que perderam o direito moral de permanecer no cargo” – afirmou o cardeal. “O Sri Lanka enfrenta a pior crise económica e financeira de há muitas décadas, enquanto não param de crescer as acusações de corrupção generalizada e má administração financeira – escreve a Vatican News.
Reunida em finais de junho, a Conferência Episcopal do Sri Lanka [ver 7MARGENS] já havia denunciado a situação com palavras muito duras: “As pessoas andam pelas estradas, sem produtos básicos como alimentos, combustível e gás doméstico e industrial. Os pacientes são deixados na berma sem medicamentos necessários para se tratamentos. Os pais esgotam-se na procura de produtos lácteos para bebés e crianças. A tragédia que atingiu a nossa nação é, sem dúvida, a pior do nosso tempo.”
A agência Asia News noticia no mesmo dia 7 de julho que o bispo Asiri Perera, ex-presidente da Igreja Metodista do Sri Lanka, fez um pedido semelhante para que o Presidente se demita de imediato. A mesma agência noticia que a Bhikkhu Maha Sangha Sabha, uma importante associação de monges budistas, enviou uma carta a Rajapaksa convidando-o a trabalhar imediatamente para a criação de um governo de todos os partidos.