Terramoto fez mais de 3.500 mortos

Cáritas Internacional apela a apoios para a Síria e Turquia

| 6 Fev 2023

© UnochaAli Haj Suleiman Busca por sobreviventes continua em Samada, na Síria, após terramoto de 6 de fevereiro

Continua a busca por sobreviventes em Samada, na Síria, depois do terramoto desta segunda-feira. Foto © Unocha / Ali Haj Suleiman.

 

O número de vítimas do terramoto que abalou na madrugada desta segunda-feira, 6 de fevereiro, a região sudeste da Turquia e o norte da Síria não para de aumentar, e as necessidades de ajuda também não. A Cáritas Internacional já lançou um apelo para recolha de donativos destinados a ajudar os dois países.

Na Síria, o terramoto atingiu uma zona já dilacerada pela guerra e onde mais de 80% da população vive na pobreza. “É uma grande área que foi atingida, onde vivem muitos refugiados e na qual há temperaturas muito baixas”, refere Laura Stopponi, chefe do escritório da Cáritas italiana, ao Vatican News, acrescentando que “só a angariação de fundos pode ser ativada nestes momentos, porque as zonas são de difícil acesso. O governo turco pediu ajuda internacional precisamente porque não é fácil chegar à zona afetada, que é muito vasta”.

Os donativos podem ser feitos diretamente no site da Cáritas Internacional, preenchendo um formulário e utilizando um cartão de crédito. No mesmo local, estão também disponíveis os dados para quem prefira efetuar uma transferência bancária.

De acordo com um comunicado da Cáritas portuguesa, “os escritórios da Cáritas Anatólia [Turquia] e as propriedades adjacentes desabaram e as instalações estão inacessíveis”, mas “a equipa da Cáritas está em segurança”, apesar de ainda não ter sido possível estabelecer contacto com alguns dos agentes locais.

“A Catedral de Iskenderun desabou, as escolas e o bispado não estão acessíveis. Também a igreja da comunidade siríaca e da ortodoxa foram totalmente destruídas. A situação está em constante evolução”, refere Paolo Bizzeti, vigário apostólico de Anatólia e presidente da Cáritas na Turquia, citado pelo Vatican News.

O arcebispo de Homs e diretor da delegação da Cáritas na Síria, Jean Abdo Arbach, descreve, através da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, o estado de desespero em que se encontram as populações, em especial nas cidades e regiões mais afetadas, como é o caso de Alepo, Idlib, Lattakia, Hamã ou Tartous. “A população está num estado de absoluto desespero e angústia. Há pessoas a vaguear pelas ruas, sem saber para onde ir, e à procura desesperada de familiares e amigos. Muitas pessoas morreram ou estão desaparecidas”, relata, pedindo “ajuda urgente”.

A Conferência Episcopal Italiana (CEI) decidiu já doar 500 mil euros do fundo “oito por mil” (que os cidadãos italianos destinam à Igreja Católica), como primeira forma de ajuda às vítimas da catástrofe.

“Em nome da Igreja em Itália, expresso as minhas profundas condolências e proximidade à população provada por este trágico acontecimento, assegurando orações pelas vítimas, seus familiares e feridos. Enquanto nos unimos a quantos foram atingidos por esta calamidade, fazemos votos para que a máquina da solidariedade internacional comece imediatamente a garantir uma rápida reconstrução”, afirmou o cardeal Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da CEI.

Também o Papa Francisco fez questão de expressar a sua dor, nos telegramas endereçados ao núncios apostólicos de ambos os países afetados.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, assegurou por seu lado que as Nações Unidas estão “totalmente empenhadas em apoiar a resposta” nas áreas afetadas pelo terramoto. “A ONU está a mobilizar-se para apoiar a resposta de emergência e vamos assim trabalhar juntos, em solidariedade, para assistir todos os atingidos por esta catástrofe, muitos dos quais precisavam já, desesperadamente, de ajuda humanitária.”

 

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