
“Para os requerentes de asilo, que vivem em condições dramáticas na ilha de Lesbos, a esperança de uma nova vida fica reaberta”, afirmou o presidente da Comunidade de Sant’Egidio (à direita), após assinar o acordo. Foto: Comunidade de Sant’Egidio.
A Comunidade de Sant’Egídio, uma organização católica com sede em Roma, e o Estado Italiano assinaram na tarde de terça-feira o acordo que reabre os corredores humanitários para Itália e permitirá a entrada legal e segura no país de 300 refugiados vindos da Grécia, nomeadamente da ilha de Lesbos, onde os recentes incêndios tornaram a situação de milhares de requerentes de asilo ainda mais difícil.
O projeto, que constitui a primeira resposta italiana ao apelo da União Europeia para o acolhimento dos refugiados que se encontram em Lesbos, terá uma duração de 18 meses e dará prioridade à transferência de famílias e alguns menores não acompanhados, que serão recebidos por aquele movimento católico, encarregado do seu acolhimento e integração.
“Os corredores humanitários fazem emergir o rosto de uma Itália que, juntamente com outros países europeus, olha para o futuro respondendo a crises humanitárias com sentido de humanidade e caminhos de integração”, afirma o presidente da Comunidade de Sant’Egidio, Marco Impagliazzo, num comunicado divulgado na página da instituição.
“O nosso país, há já algum tempo, tem demonstrado que acredita neste modelo de acolhimento que envolve de perto a sociedade civil. Para os requerentes de asilo, que vivem em condições dramáticas na ilha de Lesbos, a esperança de uma nova vida em Itália e no nosso continente é reaberta”, acrescentou.
A Comunidade de Sant’Egidio, em parceria com a Esmolaria Apostólica da Santa Sé, já tinha levado para Itália, através de um primeiro corredor humanitário, 67 refugiados que se encontravam na Grécia. As primeiras famílias viajaram de Lesbos para Roma no avião do Papa Francisco, depois da sua visita ao campo de refugiados de Moria, em abril de 2016.