
Igreja de Nossa Senhora da Conceição (ao fundo), em Vila Viçosa, onde está uma imagem da Padroeira de Portugal. Foto © Jules Verne Times Two / julesvernex2.com / CC-BY-SA-4.0.
Colocar a “mariologia” (estudos sobre a figura de Maria) nas “preocupações dos teólogos em Portugal” é um dos objetivos subjacentes ao congresso internacional “Mulher, Mãe e Rainha”, que desde esta quinta-feira, 24, a sábado, se realiza no Santuário de Fátima.
Esta iniciativa de natureza multidisciplinar celebra os 375 anos da Coroação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal e é organizada pelo Instituto da Padroeira de Portugal para os Estudos da Mariologia (IPPEM) e pelo Santuário de Fátima.
O diretor do Departamento de Estudos do Santuário, Marco Daniel Duarte, considerou, em declarações citadas pela agência Ecclesia, que a mariologia “é claramente uma disciplina pouco desenvolvida no nosso país”, acrescentando que “Fátima e os outros lugares onde existe culto mariano precisa(m) de reflexão teológica sobre a figura de Maria”.
O congresso propõe-se “mostrar as várias facetas pelas quais se pode analisar a figura de Maria”, e as conferências previstas no programa vão da história à teologia, passando pela arte e literatura, bíblia e religiosidade popular. Entre os conferencistas destacam-se Stefano Cecchin, presidente da Pontifícia Academia Mariana Internacional, e Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização (Vaticano), que farão as conferências de abertura e de encerramento, respetivamente.
Segundo refere o sítio da iniciativa, foi em 25 de março de 1646 que o rei D. João IV consagrou os “Seus Reinos e Senhorios” a Nossa Senhora da Conceição, a qual se encontra representada numa escultura existente no Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. A partir de então, não mais os monarcas da Dinastia de Bragança voltaram a colocar a coroa real na cabeça.