
“O momento em que Jesus, na cruz, sente o abandono de Deus “é o grito dos que são negligenciados, oprimidos e humilhados.” Foto © Albin Hillert:WCC-COE
O momento em que Jesus, na cruz, sente o abandono de Deus “é o grito das pessoas deslocadas, dos refugiados em trânsito, das mulheres e crianças maltratadas, dos povos indígenas, das pessoas com deficiência, dos que são negligenciados, oprimidos e humilhados”, diz o secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas, Jerry Pillay, na sua mensagem de Páscoa.
Este responsável escreve que “a situação de todas estas pessoas é tão insuportável que muitas vezes se sentem abandonadas pelos seus governos, pelos seus amigos, pelas suas famílias, e até mesmo por Deus”.
Na mensagem, Pillay parte da frase de Jesus na cruz – “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?” – para dizer que a certeza da Páscoa, “em vez de nos fazer sentir impotentes, deve encorajar-nos e levar-nos a ser agentes e instrumentos de esperança e luz para o mundo”. E acrescenta: “Deve dar-nos a energia e o desejo de continuar a trabalhar pela justiça, paz, reconciliação e unidade de Deus, para que um mundo melhor para toda a criação seja possível”.
“Jesus deu o seu último suspiro e morreu, mas ressuscitou dos mortos”, diz o secretário-geral do CMI, que reúne 352 igrejas ortodoxas, protestantes e anglicanas, representando mais de 580 milhões de cristãos em 120 países. Por isso, acrescenta, “quando no meio da fragilidade, dor, sofrimento, guerras e morte, somos tentados a perguntar porque é que Deus nos abandonou, façamos uma pausa e tenhamos a certeza de que Cristo torna todas as coisas novas”.