
Celebração na Assembleia de Deus em Benfica. No inquérito realizado pelo gabinete de estudos dos evangélicos, “53 por cento dos entrevistados afirmam que a assistência às celebrações” de fim de semana “cresceu em relação ao período de pré-pandemia”. Foto © ADB.
Um novo estudo do Gabinete de Estudos e Pesquisa da Aliança Evangélica Portuguesa (AEP) realizado no princípio deste ano confirma o crescimento acelerado dos locais de culto das confissões cristãs não católicas em Portugal. Só em 2022 terão sido 26 os novos locais de cultos detetados pelo estudo da AEP que sublinha o facto de que 45 por cento das suas igrejas nasceram depois de 2000.
Os dados, citados pela jornalista Céu Neves em artigo publicado no Diário de Notícias (DN) de 8 de abril, confirmam o estudo efetuado por Teresa Líbano Monteiro que apontava para a existência, em 2010, de 205 lugares de culto ligados às Testemunhas de Jeová, à Igreja Maná, à IURD e à Igreja Mórmon. Em quatro anos, estas denominações passaram a ter 833 lugares de culto, ou seja, quatro vezes mais, de acordo com um trabalho coordenado por Margarida Franca. Ambos os estudos realizaram o levantamento do número de lugares de culto a partir da consulta dos sítios oficiais de cada Igreja.
A expansão destes espaços em Portugal parece, assim, ser comum a várias denominações cristãs não católicas para além das que se reúnem na AEP. No inquérito realizado pelo gabinete de estudos dos evangélicos, “53 por cento dos entrevistados afirmam que a assistência às celebrações” de fim de semana “cresceu em relação ao período de pré-pandemia”, enquanto “17 por cento indicaram que [tal assistência] permaneceu inalterada e 23 por cento disseram que diminuiu”, revela o DN no citado artigo. Sobre novos locais de celebração, “quase metade (49%) dos entrevistados pensam abrir novas comunidades nos próximos cinco anos e já têm uma localidade definida” para ela, enquanto outros 25 por cento “também esperam fazê-lo, mas ainda não definiram o local” em que o novo lugar de culto poderá nascer.