Cristãos marroquinos pedem ao Papa que fale de liberdade religiosa na sua visita ao país

Mesquita de Casablanca: os cristãos também querem mais espaço em Marrocos. Foto © danyloz2002/Pixabay
Marrocos será o próximo país a receber o Papa Francisco, dias 30 e 31 de março, com um programa que incluirá uma visita ao Rei Mohammed VI, um encontro com o povo marroquino, nas Esplanadas da Mesquita Hassan II, uma reunião com os migrantes na sede da Cáritas e a celebração de uma missa. Antecipando a visita, num comunicado do Comité dos Cristãos Marroquinos, citado pela agência Fides, duas semanas antes da visita, pede-se ao Papa a intervenção da Santa Sé na questão da liberdade religiosa no país.
O comité denuncia, no texto, que as autoridades marroquinas têm um importante papel na perseguição de cristãos já que “prendem e maltratam pessoas por proclamar a sua religião” ou fazer parte de igrejas clandestinas.
Na carta aberta, publicada no jornal Al Massae, dá-se conta de que as pessoas são torturadas, insultadas e vêm os seus documentos de identidade confiscados, por proclamarem o cristianismo em igrejas clandestinas. As autoridades também expulsam centenas de estrangeiros, acusando-os de proselitismo.
Em Marrocos, a população baptizada (maioritariamente evangélica) representa apenas 1,1 por cento, o que perfaz um total de 380 mil entre 33,6 milhões de habitantes, que são na sua maioria muçulmanos. O Comité dos Cristãos Marroquinos tem trabalhado com a Associação Marroquina para os Direitos e a Liberdade Religiosa e com a Associação Marroquina dos Direitos Humanos, que defendem a liberdade religiosa, dão conta de violações da mesma e tentam incluir cristãos, ahmadis, xiitas e ibadis.
Apesar de tudo, o Comité reconhece os esforços que o rei tem feito para tornar Marrocos num país mais tolerante, mesmo que as autoridades continuem a discriminar os cristãos. Entre as iniciativas de Mohammed VI, conta-se a “Conferência sobre Minorias Religiosas em países islâmicos”, organizada em 2016.
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