
Um cartaz de combate ao antissemitismo, jogando com a covid-19: “Se tiver o bicho, dê um abraço; espalhe a gripe a todos os judeus.”
Políticos de cinco países e diferentes filiações partidárias constituíram um grupo de trabalho para combater o antissemitismo online. O grupo inclui deputados do Reino Unido, Estados Unidos da América, Israel, Austrália e Canadá, e pretende responsabilizar em particular as redes sociais pelo seu papel na luta contra os discursos de ódio, noticiou nesta segunda-feira, 5 de outubro, o Jewish News.
Twitter, Tik Tok e Facebook, além da gigante das pesquisas Google, são algumas das empresas que, de acordo com o grupo, deveriam reconhecer uma maior responsabilidade na erradicação do antissemitismo.
“Nos últimos anos, assistimos a um aumento preocupante do ódio antissemita online”, afirmou ao Jewish News o deputado conservador britânico Andrew Percy. “Essa tendência preocupante foi observada aqui no Reino Unido e em todo o mundo. É, portanto, importante que trabalhemos em conjunto com aliados em todo o mundo para enfrentar o aumento desse preconceito vil”.
A deputada israelita Michal Cotler-Wunsch acrescenta: “Ao trabalhar com aliados multipartidários em parlamentos de todo o mundo, esperamos criar melhores práticas e uma mudança real na quota de responsabilidade que os gigantes dos media sociais têm no ódio que se manifesta nas suas plataformas. É imperativo que trabalhemos juntos para expor esta regra de dois pesos, duas medidas”.
Este grupo interparlamentar, cuja ideia de criação surgiu durante o Fórum Mundial do Holocausto, realizado no início deste ano em Jerusalém, pretende divulgar pareceres regulares sobre o tema e contribuir para a definição de uma política a nível mundial de responsabilização das empresas no combate ao antissemitismo.