
O local parece datar de entre os séculos VI e VIII e poderá fornecer chaves importantes para conhecer a influência cristã naquela área. Foto reproduzida a partir da Asia News.
Há quem diga que este é o “primeiro fruto milagroso” da viagem apostólica que o Papa Francisco fez ao Bahrein, no início de novembro. Na verdade, resulta de três anos de trabalho de uma equipa de arqueólogos locais e britânicos, que acaba de descobrir, sob as ruínas de uma antiga mesquita, partes de um ainda mais antigo mosteiro cristão.
O local parece datar de entre os séculos VI e VIII e poderá fornecer chaves importantes para conhecer a influência cristã naquela área e em todo a a região do Golfo, avançou esta quinta-feira, 24 de novembro, o Vatican News.
No final do ano passado, a mesma equipa havia já desenterrado na região algumas peças de cerâmica vidrada com a marca de uma pequena cruz. Até aí, não existiam outras evidências físicas da passagem do cristianismo naquela ilha, apesar da sua presença “na tradição oral, na memória do povo e na literatura”, e também nos nomes de algumas áreas, incluindo uma aldeia chamada Dair, que significa “mosteiro” em árabe.
No início deste mês de novembro, foi também descoberto um antigo mosteiro cristão na ilha de Al-Sinniyah, pertencente ao emirado de Umm Al-Quwain (Emirados Árabes Unidos) e que poderá remontar à época precedente à difusão do Islão na Península Arábica.