Mais de 6.000 casais portugueses tinham, no final de novembro, os dois membros do casal inscritos nos centros de emprego, o que representa um aumento de praticamente 16 por cento relativamente ao mês homólogo de 2019. Em relação a outubro último, estes dados significam, no entanto, um ligeiro decréscimo (1,5 por cento). Os dados foram divulgados esta quinta-feira pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Os casais na situação de duplo desemprego têm direito a uma majoração de 10 por cento do valor da prestação de subsídio de desemprego, nos casos em que tenham dependentes a cargo.
O IEFP acaba de divulgar também estatísticas relativas a novembro que indicam que o número de desempregados inscritos nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas era de 398.287 pessoas. Este número representa mais 30,2 por cento do que aquele registado em novembro de 2019 e menos 1,3 do que em outubro último.
Entre os grupos profissionais mais afetados pelo desemprego no Continente, salientam-se, por ordem decrescente, os trabalhadores não qualificados (24,9%); trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção, segurança e vendedores (23%); e pessoal administrativo (11,6%).
Quanto à origem do desemprego, dos 339.138 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, 72,6% tinham trabalhado em atividades do sector dos “serviços”, um óbvio reflexo do impacto da pandemia de covid-19.